Depois de desistir das pedras utilizei método chamado "scary-sharp", com lixa de vários grãos, assente numa placa de vidro de 10mm e lubrificada com óleo mineral - ou seja, com óleo Johnson para bébé! (muito melhor do que água, e a lixa não "encaracola" como quando se usa água).
A quem estiver interessado, sugiro as páginas de Brent Beach:
http://www3.telus.net/BrentBeach/Sharpen/index.htmlSe pesquisarem "scary sharp" no Google, acho que encontram muito mais do que vão querer.
Mas mesmo assim, este método "scary-sharp" era mais incómodo do que eu gostava. Em resultado, tinha tendência a adiar o mais possível o afiamento das minhas ferramentas, o que não era bom.
>Editado - o post seguiu incompleto antes de tempo; dedos pouco jeitosos
Pesquisei várias abordagens - mas há tanta coisa escrita, frequentemente não coincidente ou mesmo discordante, sobre o tema "afiar ferramentas" que se tornava difícil fazer uma opção. Nos fórums este tema é daqueles que é debatido até à exaustão, dá direito a insultos, e há preferências para todos os gostos.
Por isso, resolvi seguir os conselhos do Paul Sellers e simplificar as coisas.
Ou seja, um grão grosso, à volta do P250-280, para desbastar ou refazer o bisel, um grão intermédio, um grão fino, e um assentador com pasta abrasiva. Tenho de concordar com ele quando diz que, para trabalho corrente, não é preciso ir além do grão 1200 e o assentador.
Comprei no Dieter Schmid duas placas diamantadas EZE-LAP, grãos 600 e 1200. São caras que se fartam mas são muito boas. Para o grão grosso tenho usado lixa, não é frequente precisar dele. O assentador fiz eu, já o apresentei aqui em tempos. A "pasta" que uso no assentador é uma pasta verde que compro aqui:
http://www.restaurarconservar.com/Não sei se é a mais adequada; por causa da cor pensava que era óxido de crómio, creio que na realidade é óxido de alumínio, mas na prática resulta muito bem.
Deixei de usar uma guia, mas tenho de ter cuidado ao fazer o gume. Pessoalmente, concordo com o Sellers quando diz que a importância dos tão badalados ângulos de 25º/30º é exagerada - na prática, o perfil do ferro até imediatamente antes do gume é até certo ponto indiferente, porque a parte do gume que efectivamente trabalha é uma faixa muito estreita, alguns centésimos de mm. O que interessa é que essa faixa tenha um ângulo entre aproximadamente 28º-32º para trabalho normal, e pode ser algo menos para madeiras macias (mas o gume fica menos resistente).
Experimentei não me preocupar com fazer vários ângulos rigorosos, faço o bisel com uma forma qualquer, mais ou menos curva, e preocupo-me é com o gume - e, pelo menos para os tipos de coisas que faço e das madeiras que uso, resulta bem.
Paul Sellers no You Tube (dois vídeos dele entre muito)
https://www.youtube.com/watch?v=vvTcReENk9ghttps://www.youtube.com/watch?v=a6ykVzL2VAMO que notei depois de adoptar este sistema é que mantenho as minhas ferramentas sempre muito mais afiadas do que antes, porque quando começo a sentir que alguma começa a cortar menos bem dou-lhe logo umas passagens no assentador, e assim até uso relativamente pouco as placas.
Para finalizar, e já agora, sem querer desfazer, a guia Stanley é muito, muito má (sei, tenho uma há dezenas de anos, já não a uso - se alguém a quiser, e logo que confirme que não a deitei fora, dou-a), porque o sistema de aperto das ferramentas não garante um posicionamento seguro e repetível por mais cuidado que se tenha.
Como de costume, escrevi muito mais do que pensava. E acho que não respondi à questão. Velhotes...
G.