GLFaria, o que faria para melhorar este dispositivo, mantendo a simplicidade de construção, mas realizando-o não em madeira, mas aço?
Ora bem, aqui vai - bastante diferente do que perguntava
É simples – esquecia esse desenho e começava do princípio!
Quando revi o desenho vi que a única coisa de facto “conceptualmente interessante” – o sistema de varetas deslizantes – não é nada de novo, e para agravar está mal aplicado.
Os dispositivos de afiar são um assunto muito, muito batido (como dizem os britânicos, “batido até à morte”). Ao longo do tempo já foram projectados, e em muitos casos patenteados literalmente milhares de tipos e formas, cada tipo com as suas qualidades, limitações ou inconvenientes específicos, independentemente da qualidade de execução. Não vejo qualquer interesse nem acho particularmente inteligente tentar projectar uma “variante” só por fazer algo de diferente.
Na internet (onde mais?...) há muitos exemplos e descrições de modelos feitos “pelo próprio”. Basta procura “honing guide” ou “honing guide self-made” ou variações sobre este tema para encontrar ligações para um monte deles.
Como não tenho prazer nenhum em repetir coisas que já estão escritas por pessoas que sabem muito mais do que eu, aqui vão ligações para dois artigos (pois é, lamentavelmente em inglês…) muito interessantes, com avaliações de um certo número de dispositivos:
http://www.popularwoodworking.com/wp-content/uploads/2010/10//Honing_Guides.pdfhttp://www.woodworkersjournal.com/chisel-and-plane-honing-guide-reviews/Só para dar uma (minúscula) ideia, anexo duas fotos de conjunto – uma de dispositivos que rolam sobre o abrasivo, outra de alguns que rolam ou deslizam fora do abrasivo. Como não gosto muito de ter roletes a movimentarem-se sobre o abrasivo, já fiz três versões diferentes deste último tipo, mas acho-lhes mais inconvenientes do que vantagens.
Uma dica que pode ser útil - o Richard Kell (
http://www.richardkell.co.uk/) propõe uma solução muito interessante para evitar ter que reajustar a posição do ferro para modificar o ângulo, quando se passa do desbaste do bisel primário para o secundário – fazer os rodízios rolarem sobre duas réguas de 3mm de espessura colocadas sobre o abrasivo. Isso obriga a inclinar mais o dispositivo e dá o ângulo necessário ao bisel secundário. Junto um “boneco” para se perceber melhor o que quero dizer.
Junto também um “boneco” para mostrar a vantagem de os ferros serem montados o mais abaixo possível no dispositivo (há limites, penso que o Kell deixou de fornecer rodízios pequenos porque era muito difícil ajustar os ferros, havia pouco espaço para os dedos.
(as ferramentas de desenho do Excel dão um jeitão, raramente recorro ao Sketchup)