Peço desde já desculpa se lhe parecer impertinente, mas acredito que posso tenho mais alguns anos de experiência e que lhe posso dar uma sugestão que lhe pode servir para o futuro.
Se não perguntou porque é que não usavam teflon, perdeu uma excelente oportunidade de aprender alguma coisa. Há sempre uma razão, por mais estranha que possa ser, para o que a forma como as pessoas actuam, ou na realidade para qualquer fenómeno. Se não perguntarmos porquê, nunca saberemos, e podemos perder alguma informação útil, ou pelo menos interessante.
A parte delicada está em saber fazer a pergunta. Se não for feita diplomáticamente, ou de alguma forma preparada, ou mesmo por vezes de forma um bocado "elíptica", as pessoas tornam-se frequentemente hipersensíveis e podem pensar que, por perguntar, estamos implicitamente a criticar ou a querer mostrar que sabemos mais. Isto, lamento, não lhe posso ensinar, porque depende muito de com quem se está a lidar e do assunto em questão. Tenho verificado muitas vezes que as pessoas mais ignorantes ou mais "básicas" são as mais sensíveis a estas perguntas, provavelmente porque se sentem mais inseguras.
Nunca estudei psicologia, mas como ao longo da vida tive que lidar com, e por vezes chefiar, muitas centenas de pessoas, tive de descobrir formas de fazer estas abordagens. Claro está, quanto mais anos tivermos e, principalmente, mais competência demonstrarmos no campo em questão, mais fácil é descontrairmos e encontrar a maneira provávelmente mais correcta de fazer este tipo de perguntas.
Mas, decisivamente, há que perguntar, se queremos aprender.
Espero com isto ajudar algumas pessoas.