Autor Tópico: Vivam as feiras de velharias!  (Lida 14273 vezes)

GLFaria

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Vivam as feiras de velharias!
« em: Domingo, 28 de Outubro, 2012, 23:46:18 pm »
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Boa noite a todos.

Sem querer levantar polémicas, tenho verificado com mágoa que em Portugal, ao contrário do que se passa em países menos desenvolvidos como Inglaterra ou Estados Unidos, há cada vez menos entusiastas das ferramentas manuais.

Uma coisa que me irrita, por exemplo, é estar a cortar a relva com o corta-relva manual no minúsculo relvado de 30m2 que tenho na minha casinha de praia, e passar algum tonto na rua, rir-se, e comentar "tanto esforço, olhe que há corta-relvas eléctricos baratos". Passou-se várias vezes. Curiosamente, são sempre portugueses, nunca se passou com nenhum turista estrangeiro, e são muitos os que lá passam. Parece que por cá as pessoas têm que ter sempre o último grito, mesmo que não se justifique (30m2, francamente!...)

Já agora,não, não tenho espaço para uma oficina, o "barraco" onde guardo as ferramentas de jardim e as ferramentas de uso geral foi feito no único cantinho possível, tem 3m x 0,75m - mal dá para andar lá dentro - e ainda por cima o ambiente é excessivamente salino para guardar ferramentas boas.

Bom, tudo isto para dizer que resolvi dar uma volta pela feira de velharias que mensalmente há em frente de minha casa. Ia ver se encontrava uma plaina de topejar boa - as pessoas, tantas vezes, não fazem ideia daquilo de que se desfazem..., ou um guilherme, ou se possível amboas as coisas. Vi várias ferramentas "velhas" em muito bom estado, que só não comprei porque, além de não ter espaço em casa (7º andar, lembram-se?), realmente não precisava delas e o dinheiro está muito caro (e raro...).

Não encontrei nenhuma plaina de topejar.

Mas... encontrei um belíssimo guilherme Stanley no. 78 novo, na caixa de origem, com todas as peças (o que é raro nestas ferramentas em 2ª mão), ainda embrulhado no papel encerado de fábrica. Por 35 euros! Está cá em casa, claro, já todo limpinho, afiado, protegido e pronto a usar.

Para quem não sabe, um guilherme é uma plaina especial para fazer rebaixos. Para poder encostar a ferramenta à tábua, a lâmina é da mesma largura que o cepo, que é reforçado por cima e aberto a toda a largura do lado do rasto (a parte de baixo). Adicionalmente, este modelo tem uma guia, para controlar a largura do rebaixo que se está a cortar, um batente para controlar a altura do mesmo, e duas posições possíveis para o ferro - a de trás é a normal, a da frente é para se poder abrir um rebaixo até o mais à frente possível se a extremidade do trabalho não for aberta.

A Stanley nº 78 foi fabricada, segundo uns, desde 1885 até 1973, segundo outros desde 184 até 1984 - seja como for, cerca de100 anos, o que mostra o sucesso que teve. Uma das maiores autoridades mundiais em plainas Stanley escreve que (tradução livre) "...quase todos os marceneiros da época tinha uma plaina destas... Qualquer entusiasta de ferramentas manuais deveria considerar esta plaina, ou outra do mesmo género, seja de um concorrente ou uma versão de madeira, como fazendo parte das ferramentas do seu arsenal".

Além desta, encontrei um outro guilherme pequeno e simples, de madeira (mogno?), com um desenho muito tradicional, que achei muito bonito e era barato, que também comprei. Mas esse, ao contrário do Stanley, não é para usar, é para apreciar.

Finalmente, vi duas garlopas de madeira, tradicionais, em muito bom estado, madeira bonita uma delas com o punho trabalhado, e nada caras. Estive sériamente tentado. Mas, novamente, não as ia utilizar, não tinha espaço para as guardar, e já tinha gasto o que podia. Mas algum dia hão-de aparecer outra vez (como disse acima, as pessoas não sabem aquilo de que se desembaraçam , e além do mais hoje em dia ninguém usa plainas de madeira), e pode ser que nessa altura...

No fim deste testamento, não podia deixar de anexar fotografias das minhas novas ferramentas.
Na primeira, a Stanley vista do lado esquerdo. Vê-se a guia (que também pode ser montada do lado direito) e os dois alojamentos para o ferro e a guia.
Na segunda, vista do lado direito. A peça que se vê perto da parte da frente, fixada com um parafuso, é o batente para limitar a profundidade do rebaixo.
A terceira é o guilherme de madeira. Bem bonito na sua simplicidade.
Se alguém quiser algum esclarecimento, é só dizer.

Estou agora a ver um anúncio aqui em baixo. Ferramentas a 1 cêntimo!?... Quem está a querer enganar quem?

G.

santanna620

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #1 em: Segunda, 29 de Outubro, 2012, 10:33:08 am »
Bom dia GL

Antes de mais, parabéns pelas novas ferramentas! Nem dez da manhã são e já me estou a babar todo...

Não ligue à atitude das outras pessoas, já sabe que vivemos numa época de grande rapidez, muitos resultados mas com pouco esforço. E acredite, não são só os Portugueses a pensar assim. Eu penso um pouco o contrário; cada vez mais as pessoas pensam duas vezes em comprar ferramentas eléctricas e fazerem as coisas de maneira um pouco mais tradicional. Tal vez por estar num círculo um pouco mais fechado, não sei.

Aqui o que interessa é que encontrou umas preciosidades e agora deve dar-lhes bom uso. Penso que as feiras são autênticas minas de ouro para entusiastas como nós, pois podemos encontrar um pouco de tudo. Mas sempre com cuidado e com um mínimo de conhecimentos para não acabar com gato por lebre. No meio desta crise muitas pessoas optam por desembaraçar-se de coisas dos avós ou pais, que não sabem o que são, ou que uso dar. Muitas ferramentas tem surgido assim pela zona de Braga. Umas maravilhosas, outras, nem por isso.

O que realmente me chateia e me parte a alma é quando alguns "iluminados" compram ferramentas antigas por causa desta nova moda "Vintage", apenas para decorar ou para dar um uso puramente estético, destruindo ferramentas em boas condições com muitos anos de vida pela frente. E depois, existem os outros "iluminados" que cobram preços exorbitantes porque pensam que por serem ferramentas antigas, valem milhões.

No mês passado passei por uma feira de artigos em segunda mão no Porto. Não conhecia. Parei e lá fui passear. É um grupo de pessoas que junta as coisas antigas e vende, como numa feira da ladra. No meio de coisas muito bonitas havia várias ferramentas de trabalhar madeira. A que me chamou a atenção era uma velha Stanley #5. Meio abandonada, mas que com os devidos cuidados ficaria como nova. Tinha o punho em baquelite preta, mas também estava rachado. O Sr. pedia 15 Euros por ela e estive muito tentado a comprar. A lâmina e o contra-ferro estavam impecáveis, com pouco uso até. Muito pó, algumas manchas e gordura... Mas, precisava do dinheiro para voltar para Braga... Ficou para a próxima. Imagino que alguém terá ficado com ela.

Quando houver possibilidade, aconselho a estudar e comprar estas ferramentas, em detrimento de ferramentas novas e de qualidade dúbia. Com amor e carinho, estaremos a devolver à vida ferramentas carregadas de história, que nos farão felizes. Ainda por cima, temos a oportunidade de ler, estudar e aprender sobre limpeza, restauro e preparação de ferramentas, conhecimentos muito úteis e preciosos para o nosso trabalho.


"A necessidade é a melhor mestra e guia da natureza. A necessidade é terna e inventora, o eterno freio e lei da natureza."
Leonardo da Vinci

GLFaria

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #2 em: Segunda, 29 de Outubro, 2012, 14:45:26 pm »
Ora, quem diria, uma alma gémea!  :)

Suponho que conhece isto:

http://www.supertool.com/

e isto:

http://www.supertool.com/StanleyBG/stan0a.html

Perco-me excessivamente por ferramentas clássicas, muito mais do que devia, e embora tenha ficado com remorsos mandei vir da Amazon o livro "The handplane book", de Garret Hack (na edição mais barata, em paperback, mas que se há-de fazer - é para estudar, não para decoração), um clássico de referência. Estou à espera que chegue nos próximos dias.

G.

cerdeira

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #3 em: Segunda, 29 de Outubro, 2012, 18:16:15 pm »
Sem querer levantar polémicas, tenho verificado com mágoa que em Portugal, ao contrário do que se passa em países menos desenvolvidos como Inglaterra ou Estados Unidos, há cada vez menos entusiastas das ferramentas manuais.

é verdade, só de ver a quantidade de ferramentas antigas de marcenaria no ebay (uk e EUA) mostra o interesse e o respeito em geral pelo património e pelas artes de outrora.
os tugas acham-se muito ricos e tomam essas actividades por coisas menores e desprestigiantes até. cá tudo o q era ferramenta antiga já foi para o lume ou para o ferro-velho.

Citar
Uma coisa que me irrita, por exemplo, é estar a cortar a relva com o corta-relva manual no minúsculo relvado de 30m2 que tenho na minha casinha de praia, e passar algum tonto na rua, rir-se, e comentar "tanto esforço, olhe que há corta-relvas eléctricos baratos"

é o snobismo tuga. é como ver 'profissionais' a podar pequenos ramos de árvores com motoserra, quando um serrote de poda é tão rápido, "amigo do ambiente",  e muito mais preciso além de nao magoar a árvore se houver um descuido.


Citar
A Stanley nº 78 foi fabricada, segundo uns, desde 1885 até 1973, segundo outros desde 184 até 1984 - seja como for, cerca de100 anos,

eu comprei a minha nova a meio dos anos 90 qdo comecei com estas manias das marcenarias. acho q ainda se fabrica. talvez esses anos se refiram à produção nos EUA (a minha é made in england).

eu não acho a plaina grande coisa para trabalho de precisão. a ausência de contra-ferro e o facto da boca ser muito grande nao permitem bom acabamento se a madeira nao tiver o veio uniforme, basta um pouco de contra-fio e esmilha logo, e geralmente, pela lei de murphy, acontece sempre na última passagem.

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Além desta, encontrei um outro guilherme pequeno e simples, de madeira (mogno?), com um desenho muito tradicional, que achei muito bonito e era barato, que também comprei. Mas esse, ao contrário do Stanley, não é para usar, é para apreciar.

parece um design inglês. tenho ideia q as plainas continentais (pelo menos as francesas e alemãs) tem uma cunha com diferente forma. mas as plainas tradicionais inglesas costumam ser de faia.


cerdeira

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #4 em: Segunda, 29 de Outubro, 2012, 18:18:09 pm »
A que me chamou a atenção era uma velha Stanley #5. Meio abandonada, mas que com os devidos cuidados ficaria como nova. Tinha o punho em baquelite preta, mas também estava rachado.

hmm... se tinha punho em plástico já é um modelo "recente" da fase redução-de-custos da stanley.

GLFaria

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #5 em: Segunda, 29 de Outubro, 2012, 22:43:21 pm »

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A Stanley nº 78 foi fabricada, segundo uns, desde 1885 até 1973, segundo outros desde 184 até 1984 - seja como for, cerca de100 anos,

eu comprei a minha nova a meio dos anos 90 qdo comecei com estas manias das marcenarias. acho q ainda se fabrica. talvez esses anos se refiram à produção nos EUA (a minha é made in england).

Não consta do catálogo actual da Stanley. A minha também é "made in England"

eu não acho a plaina grande coisa para trabalho de precisão. a ausência de contra-ferro e o facto da boca ser muito grande nao permitem bom acabamento se a madeira nao tiver o veio uniforme, basta um pouco de contra-fio e esmilha logo, e geralmente, pela lei de murphy, acontece sempre na última passagem.

Bem, de qualquer forma um guilherme não é feito para grandes acabamentos - em geral, o rebaixo fica oculto; para mim, as maiores deficiências têm a ver com o facto de a guia ser montada num só suporte, cilindrico ainda por cima (não há maneira de manter aquela guia orientada como deve ser) e a falta de esquadria entre a face da guia e o rasto da plaina (defeito habitual, pelo que tive oportunidade de ver na minha e em diversos fórums e fotografias na Internet). Provávelmente terei de remediar isto com uma régua de madeira rija, com a correcção necessária, aparafusada à guia. Relativamente simples, vai dar-me mais trabalho acertar a régua do que furar e roscar a face da guia.

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Além desta, encontrei um outro guilherme pequeno e simples, de madeira (mogno?), com um desenho muito tradicional, que achei muito bonito e era barato, que também comprei. Mas esse, ao contrário do Stanley, não é para usar, é para apreciar.

parece um design inglês. tenho ideia q as plainas continentais (pelo menos as francesas e alemãs) tem uma cunha com diferente forma. mas as plainas tradicionais inglesas costumam ser de faia.

Pode ter sido feito em Portugal, antigamente o bom mogno era relativamente fácil de obter cá (mas pode não ser mogno, não sou suficientemente conhecedor) e também havia bons marceneiros...

As referências às manias "tugas"... bem, eu não quis ser tão violento, mas tenho de concordar...

Quanto à plaina com punho de plástico, provávelmente seria da série Handiman. Já escrevi sobre esta série num post antigo. À partida não são grande coisa, mas podem podem ser tornadas utilizáveis - com uma boa carga de trabalhos, como descrevi, e sempre com a deficiência de a boca não ser fácimente ajustável. E quando se gosta de ajustar uma boca "fininha"... (normalmente ajusto a abertura com uma galga de alumínio, mas qualquer dia perco a paciência e dou-me ao trabalho de transformar o modo de afinação). Quando e se alguma vez fizer isso, anexo aqui fotografias e descritivo.

santanna620

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #6 em: Terça, 30 de Outubro, 2012, 10:02:06 am »
Bom dia.

Efectivamente, a plaina que vi não deveria ser muito antiga pois como diz o Cerdeira, as antigas vinham com o punho em madeira. Pesquisei um pouco e por aquilo que pude ver, sem certezas pois não aprofundei, as primeiras a virem com o punho em baquelite parece terem surgido em finais dos anos 60. De certeza que existem informações certeiras, mas não consigo encontrar uma página sobre a Stanley que tem toda a informação possível sobre o assunto.

Por aquilo que leio, sejam modernas ou antigas, as Stanley foram sempre ferramentas medianas, ou seja, sempre foram fabricadas tendo em conta o utilizador médio e cuidando muito o preço final para que fossem acessíveis à maior parte das pessoas. Existiram séries especiais limitadas onde um maior cuidado era colocado no fabrico e na qualidade do material, mas mesmo assim parece que nunca chegaram a vingar. No entanto, sempre foram muito fiáveis, autênticos cavalos de batalha, de maneira que muitas escolas e oficinas as escolheram para os trabalhos do dia a dia.

Como em tudo, quem realmente gosta e aprecia este trabalho, dá sempre um toque pessoal à ferramenta. O chamado "Tunning"  :D na sua verdadeira essência. Acertar a base, os lados, a cama, o ferro e o contra-ferro, fazer o punho e a empunhadura em madeira à nossa medida, etc, etc, etc... Neste momento tenho uma Stanley perfeitamente normal, #4, que me foi oferecida por um bom amigo marceneiro Espanhol. Preparou-a completamente e posso assegurar-vos que funciona de maneira impressionante. O ferro não é o original, embora seja Stanley. Foi comprado um fabricado em Sheffield e está afiado nos 35º em vez dos típicos 30º. Agora só faltam os punhos, que farei mais tarde. Já tenho os templates que também ele me enviou, embora sejam da Lie-Nielsen.

A boca... pronto, está tudo dito  :P

Não conhecia essas páginas GL. É incrível a quantidade de info que existe. Penso que estou actualizado e afinal, nem por isso.

Veja se é isto que procura. Espero não ofender ninguém. Se for inapropriado, desde já as minhas desculpas.

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Um abraço a todos.


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Leonardo da Vinci

GLFaria

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #7 em: Quarta, 31 de Outubro, 2012, 01:48:35 am »

Por aquilo que leio, sejam modernas ou antigas, as Stanley foram sempre ferramentas medianas, ou seja, sempre foram fabricadas tendo em conta o utilizador médio e cuidando muito o preço final para que fossem acessíveis à maior parte das pessoas. Existiram séries especiais limitadas onde um maior cuidado era colocado no fabrico e na qualidade do material, mas mesmo assim parece que nunca chegaram a vingar. No entanto, sempre foram muito fiáveis, autênticos cavalos de batalha, de maneira que muitas escolas e oficinas as escolheram para os trabalhos do dia a dia.


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Não, não é assim.
As Stanley da série Bailey sempre foram consideradas muito boas, e ainda são produzidas (não sei se a qualidade se mantém, mas nunca li nada em contrário).
Em contrapartida as Handyman (as tais com punho de plástico), a linha barata que começou a ser produzida algures nos anos 60 para o mercado amador, são consideradas (e até é verdade...) bastante ordinárias. Algures nesta... (alguém tem uma ideia de uma expressão para usar em vez de "thread"? Detesto intercalar palavras inglesas quando falo ou escrevo português...)

http://forum.bricolagetotal.com/ferramentas/plaina-manual/
encontram alguns comentários que fiz sobre esta série.

Aqui encontram exemplos de algumas plainas boas e outras más:
http://lumberjocks.com/knotscott/blog/14523

e aqui:
http://www.sawdustersplace.com/Danos%20Primers/planeBas.HTM
informações interessantes sobre a afinação (vejam a nota sobre a abertura da boca, sob o título "Bench planes", no 6º parágrafo...)

Para quem se interessa por estudar pormenores técnicos, aqui vão um artigo e um vídeo (relacionados entre si) muito interessantes sobre a influência da posição e ângulo do contra-ferro nos resultados do corte da plaina.
http://planetuning.infillplane.com/html/review_of_cap_iron_study.html
http://vimeo.com/41372857

De certeza que vou encontrar algumas informações interessantes sobre a afinação de plainas ("fettling" em inglês, para quem quiser procurar na net...) no livro que encomendei. Ao que parece, são 25 páginas só sobre este tema...

As minhas desculpas por só referir artigos em inglês, mas não há nada que se lhes compare noutras línguas. E mesmo assim é preciso tomar cuidado com algumas "informações" ou "receitas" que aparecem na net, já tenho encontrado muitas barbaridades.

Divirtam-se (estar reformado pode ter algumas vantagens - cada vez menos sem dúvida, mas tempo para estudar alguns assuntos ainda arranjo...)

G.

GLFaria

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #8 em: Quarta, 31 de Outubro, 2012, 01:52:22 am »

Veja se é isto que procura. Espero não ofender ninguém. Se for inapropriado, desde já as minhas desculpas.

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Não sei a que se refere, mas o McAfee dá-me um grande aviso vermelho para não ir lá por ser um site perigoso! Nem vou tentar...

G.

GLFaria

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #9 em: Quarta, 31 de Outubro, 2012, 23:20:51 pm »
Relativamente à questão levantada por Cerdeira quanto aos inconvenientes do guilherme (na verdade, de qualquer ferramenta de corte, embora mais numas do que noutras) nas situações de contra-fio, que é sempre um problema, fiquei a pensar se não seria possível utilizar um raspador com uma guia para "retocar" essses problemas (ver os "bonecos anexos; não ligar às imperfeições do desenho, o que me interessa é a concepção).

Um raspador bem afiado corta tão bem como uma plaina e permite obter um acabamento muito bom.

É só uma ideia, nunca experimentei - até agora tem sido muito raro fazer rebaixos, porque com serra e formão não só dá uma trabalheira como não fica capaz (por isso é que queria um guilherme)

G.

pajo

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Re:Vivam as feiras de velharias!
« Responder #10 em: Quinta, 01 de Novembro, 2012, 00:50:06 am »
Bem Pessoal.
Quanto a esse guilherme stanley, posso dizer que custa na casa dos 100€ novo (preço de amigo).
Foi comprado um (á +- 7 anos) pelo meu cunhado que na altura era carpinteiro de profissão, para montar-mos as carpintarias de uma casa que ele estava a reconstruir.
Se não sabes? -não mexas!
Se não gostas? -não estragues!
Mas isso, NÃO TINHA PIADA NENHUMA!!!