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Piscina - Tratamentos

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Carlos Oliveira:
Boa tarde

Comprei uma piscina tubular da "INTEX" com diâmetro de 4,5 m +/-.

Podem dar-me algumas dicas de como devo proceder para fazer o tratamento da água ao longo do tempo?

Grato pela atenção que possam dispensar.

monteiro:
Boa tarde.

Por coincidência estava a ler um artigo sobre piscinas e decidi colocar aqui como resposta.

Espero que o ajude.

As piscinas de água límpida e transparente necessitam de alguns cuidados para manterem esse estado, já que, tanto os banhistas quanto o vento, a chuva e a água de reposição, transportam consigo microorganismos e contaminantes químicos que podem prejudicar os utilizadores e deteriorar a instalação (tubagem, bomba, filtro, paredes, etc); a esses cuidados chama-se Manutenção da Piscina.

Recorde-se que durante o ano uma piscina perde cerca de 20% do seu volume de água por evaporação, sendo necessária a frequente reposição do nível adequado para o funcionamento normal.

Diversas acções diárias, semanais, mensais e no fim do período balnear deverão ser desenvolvidas para que se possa tirar partido da piscina nas melhores condições.

1. Manutenção diária:

limpar a piscina com uma rede, retirando resíduos sólidos (folhas, troncos) e insectos que permanecem à superfície da água.

activar o sistema de filtração e regulá-lo de modo a que toda a água da piscina seja filtrada pelo menos uma vez, durante o dia. A filtração remove as partículas não solúveis na água, ou seja em suspensão, que servem de alimento aos microorganismos e algas.

corrigir a concentração de cloro livre: o cloro é um desinfectante que elimina os microorganismos presentes na água e que se encontra em duas formas: livre e combinado. É o cloro livre ou “activo” o responsável pela acção de desinfecção e deve manter-se entre os 0,5 e 2 ppm (1 ppm é igual a 1 mg/L).

acertar o pH: o pH indica se a água tem reacção ácida ou alcalina e deve manter-se entre 7,2 a 7,6 por ser este o intervalo mais indicado para não provocar irritação nos olhos dos banhistas e para proteger a instalação da corrosão ou da incrustação. O pH inferior a 7,2 provoca irritação dos olhos e corrosão na instalação. O pH superior a 7,6 diminui o efeito activo do cloro (desinfectante) e a eficácia da filtração.

observar o estado do tempo: em piscinas ao ar livre, aumentar a concentração de cloro nos dias de chuva (mesmo que seja fraca).

 

2. Manutenção semanal: 

escovar as paredes e aspirar o fundo da piscina, retirando qualquer sujidade visível.

limpar o pré-filtro da bomba.

fazer a contra-lavagem do filtro, sempre que o manómetro atinja o "vermelho".

juntar um produto anti-algas (algicida)

ajustar o nível da água, (que pode ter descido, devido à natural evaporação) e se necessário corrigir o pH e o cloro (excepto nas piscinas de sal, em que se corrige apenas o pH).

 

3. Manutenção mensal:

Regularmente, sempre que a piscina esteja em utilização, deverá proceder-se à recolha de amostras para a análise bacteriológica e química da água, tendo em vista efectuar as correcções e os ajustes necessários.

 

Análise bacteriológica da água da piscina (1)

Consiste na colheita asséptica de duas amostras de água (em superfície e em profundidade) para pesquisa de microorganismos patogénicos, ou seja, aqueles susceptíveis de causar doenças aos utilizadores. Entre os principais contam-se: 

·         Coliformes totais

·         Coliformes fecais e E. Coli

·         Estreptococos fecais ou Enterococos

·         Pseudomonas aeruginosa.

·         Staphylococcus coagulase (+)

·         Staphylococcus coagulase (-)

 

Análise química da água da piscina (1)

Consiste na determinação analítica dos valores do pH, cloro livre, cloro total, nitritos, azoto amoniacal e salinidade (para piscinas com sistema de desinfecção por “clorador de sal”). Os objectivos são: 

com o pH e cloro livre, pretende-se confirmar os valores obtidos com a utilização de “tiras” , “papel indicador” e testes de comparação de cor .

o cloro total permite conhecer a “reserva” de cloro e prever a contaminação orgânica da piscina, visto que o cloro não livre se combina com as substâncias orgânicas presentes na água.

os nitritos porque são tóxicos, principalmente para grupos de risco como crianças e idosos, não devem estar presentes nas águas de piscinas pela possibilidade de ingestão acidental. Os nitritos são oxidados a nitratos em presença do cloro e quando em concentração elevada, indicam a ineficácia do desinfectante.

o azoto amoniacal é um dos mais importantes indicadores de poluição; nas piscinas provém da decomposição enzimática da ureia, pelo que permite avaliar a qualidade da água.

a salinidade está relacionada com a “reserva” de cloretos necessária para o bom funcionamento das piscinas equipadas com clorador de sal.

(1) - Para conhecer os valores limite ou os valores recomendados, consultar o Decreto Regulamentar nº 5/97, de 31 de Março, na página "Legislação".

 

Alguns problemas frequentes em piscinas

Água turva: pode ser causada por algas, filtração insuficiente, pH superior a 7,6 ou por excesso de resíduos orgânicos.

Água castanha: presença de ferro ou manganês.

Água verde: alcalinidade abaixo dos 130 ppm.

Irritação dos olhos, pele ou maus cheiros: pH inferior a 7,2 ou excesso de substâncias orgânicas na água, como óleos bronzeadores, urina, etc.

 

Em 95% dos casos estes problemas evitam-se, mantendo: 

o pH entre os 7,2 e os 7,6

o cloro livre entre os 0,5 e os 2,0 mg/L de Cl

a filtração durante tempo suficiente

a piscina limpa, sem resíduos à superfície e sem partículas no fundo.

 

Detalhadamente, temos como principais problemas os que se manifestam por: 

·         Água colorida

·         Água turva

·         Aparecimento de manchas

·         Crescimento de algas

·         Incrustações

·         Maus cheiros e irritação dos olhos ou pele, devido a:

filtração insuficiente

pH alto ou pH baixo

baixa concentração de cloro

excesso de resíduos orgânicos

baixa concentração de produto anti-algas

alcalinidade baixa

alto teor de ferro, manganês e cobre

baixo teor em sal (para piscinas equipadas com clorador de sal)

Carlos Oliveira:
Boa tarde Monteiro.

Obrigado pela ajuda. Era mesmo esta informação que eu precisava.

Já agora, gostaria de uma opinião, sua ou de algum colega do forum, sobre o seguinte problema.

Tinha já a piscina cheia há dois dias e verifiquei que no fundo, sentiam-se algumas pedrinhas que me assustaram com a possibilidade de furar o fundo da piscina. Havíamos "catado" todas as pedrinhas que encontramos na relva (a piscina foi pousada sobre a relva, embora eu saiba que quando desmontar a piscina tenho que replantar...), mas parece que foi trabalho mal feito.

Esvaziei e desmontei a piscina para tentar resolver este problema. Pensei em fazer uma cama de pó de pedra e assentar a piscina em cima mas, sei que ao movimentar a piscina para a posicionar, o pó de pedra vai amontoar em alguns sítios e ficar com covas noutros...
Com areia sucederia o mesmo...e, durante o inverno, ao desmontar a piscina não poderia replantar a relva sobre estes materiais...

Penso em retirar toda a relva nesta zona, colocá-la aos quadrados em local onde não há e ficava bem...e peneirar toda a terra do local onde colocar a piscina. Talvêz com uma tela daquelas usadas sob o chão flutuante sobre a terra e depois montar a piscina...

Como vêm vai muita confusão nesta cabêça.

Pode dar-me alguma dica, ou algum colega que o deseje fazer?

Gratos pela atenção

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