Mostrar Mensagens

Esta secção permite-lhe ver todas as mensagens colocadas por este membro. De realçar que apenas pode ver as mensagens colocadas em zonas em que você tem acesso.


Tópicos - GLFaria

Páginas: 1 ... 4 5 [6]
76
Aqui está uma cópia em PDF de um livro interessante

http://www.toolemera.com/bkpdf/haywardhowtobk.pdf

(estava só à procura de informações sobre maços de madeira...)

G

77
Literatura e Recursos para a Bricolage / Site Woodgears
« em: Segunda, 26 de Novembro, 2012, 22:31:30 pm »
Já vi este site mencionado por alguém no fórum, mas vale sempre a pena recordá-lo para o caso de alguém estar falho de ideias ou precisar de inspiração.

Muito interessante o artigo de 18 de Novembro sobre a resistência das juntas coladas

G.

Esqueci de incluir o endereço:  http://woodgears.ca/

78
Ferramentas / Spokeshave = Rasoira?
« em: Sábado, 10 de Novembro, 2012, 22:44:56 pm »
Boa noite

Estava à procura do nome português para a ferramenta que os ingleses chamam "spokeshave" (assim chamada porque antigamente era utilizada para talhar os raios - "spokes" - das rodas das carruagens e carroças) e só encontrei "rasoira". Nunca ouvi nem li este termo. Alguém conhece este ou outro nome para este instrumento? Anexo fotografia.

79
Ideias, Truques e Dicas / Solução improvisada
« em: Quinta, 08 de Novembro, 2012, 15:23:59 pm »
Boa tarde a todos

Há dias precisei de um esquadro de centros (não sei se este é o nome correcto em português de um esquadro que serve para encontrar o centro de objectos circulares).

Não tenho nenhum - um bom esquadro destes é caro; não preciso deles vezes suficientes para justificar comprar um, mas às vezes já me têm feito falta.

Lembrei-me de uma solução improvisada, feita com ferramentas que tinha em casa e que, sem ser muito rigorosa, serviu perfeitamente. Aqui vai a descrição.

Materiais necessários:
- Um esquadro daqueles que, na junção das duas réguas, têm uma face a 45º para marcar esquadrias
- Uma régua bem direita. Usei uma régua metálica de 50 cm porque era suficientemente rígida
- Um grampo pequeno

Montagem:
- Encosta-se a régua metálica à face a 45º do esquadro
- Fixa-se com o grampo. Já está!

Utilização:
Para encontrar o centro, encostam-se os lados do esquadro ao objecto. Traçar uma linha ao longo da aresta da régua que está encostada à face a 45º do esquadro. O centro estará algures ao longo desta linha.
Fazendo isto em vários pontos, encontra-se fácilmente a posição mais ou menos rigorosa do centro no cruzamento das linhas (como o "instrumento" não é muito rigoroso e o objecto pode não ser absolutamente circular, traçar três linhas para circunscrever uma pequena área na qual esteja contido o centro)

Como a descrição pode não estar muito clara, anexo fotografias das várias fases.

Caso alguém queira ver como é um esquadro destes "a sério", aqui vai um link para o catálogo da Starrett.
http://www.starrett.com/metrology/metrology-products/precision-measuring-tools/squares/combination-squares#itemsPerPage=24&currentPage=1&displayMode=grid&sortBy=none/asc

E para fazer uma outra versão improvisada:
http://www.instructables.com/id/Make-a-Center-Finder/

Espero que este improviso possa ser útil a alguém com o mesmo problema.

G.

80
Ideias, Truques e Dicas / Dicas para principiantes
« em: Domingo, 04 de Novembro, 2012, 22:06:39 pm »
Tenho a certeza que a maioria conhece isto, mas a bem dos que são novos na actividade aqui vão duas dicas:

1 - Quando se acaba um furo em pedra ou alvenaria, ele está cheio de pó e grãos de material. Se se meter uma bucha assim, a bucha não só pode não agarrar comvenientemente mas empurra o lixo acumulado para o fundo do furo. Se a profundidade for um pouco à justa, a bucha não consegue entrar completamente.
Usando uma palhinha de refresco daquelas que se dobram pode-se soprar quase todo lixo cá para fora. Enfia-se o lado mais curto da palhinha no furo, dobra-se (para não ficarmos de frente e não apanharmos com o lixo todo na cara...) e sopra-se com força ao mesmo tempo que se movimenta a palhinha para trás e para a frente. É importante ir até ao fundo e depois fazer recuar a palhinha - é neste recuo que o lixo sai com mais força - e fazer isso várias vezes até deixar de sair lixo. Ver fotografia.

2 - As varetas de limpar cachimbos são a melhor maneira que conheço para limpar, secar ou lubrificar furos estreitos. São flexíveis - aceitam curvas - e ainda por cima, se não ficarem estragadas ou contaminadas com algo que não interesse, são reutilizáveis. Uso-as há muitos anos e tenho sempre uma reserva em casa.

G.

P.S. - desculpem, tive de editar, tinha-me esquecido das fotografias

81
Ferramentas / Vivam as feiras de velharias!
« em: Domingo, 28 de Outubro, 2012, 23:46:18 pm »
Boa noite a todos.

Sem querer levantar polémicas, tenho verificado com mágoa que em Portugal, ao contrário do que se passa em países menos desenvolvidos como Inglaterra ou Estados Unidos, há cada vez menos entusiastas das ferramentas manuais.

Uma coisa que me irrita, por exemplo, é estar a cortar a relva com o corta-relva manual no minúsculo relvado de 30m2 que tenho na minha casinha de praia, e passar algum tonto na rua, rir-se, e comentar "tanto esforço, olhe que há corta-relvas eléctricos baratos". Passou-se várias vezes. Curiosamente, são sempre portugueses, nunca se passou com nenhum turista estrangeiro, e são muitos os que lá passam. Parece que por cá as pessoas têm que ter sempre o último grito, mesmo que não se justifique (30m2, francamente!...)

Já agora,não, não tenho espaço para uma oficina, o "barraco" onde guardo as ferramentas de jardim e as ferramentas de uso geral foi feito no único cantinho possível, tem 3m x 0,75m - mal dá para andar lá dentro - e ainda por cima o ambiente é excessivamente salino para guardar ferramentas boas.

Bom, tudo isto para dizer que resolvi dar uma volta pela feira de velharias que mensalmente há em frente de minha casa. Ia ver se encontrava uma plaina de topejar boa - as pessoas, tantas vezes, não fazem ideia daquilo de que se desfazem..., ou um guilherme, ou se possível amboas as coisas. Vi várias ferramentas "velhas" em muito bom estado, que só não comprei porque, além de não ter espaço em casa (7º andar, lembram-se?), realmente não precisava delas e o dinheiro está muito caro (e raro...).

Não encontrei nenhuma plaina de topejar.

Mas... encontrei um belíssimo guilherme Stanley no. 78 novo, na caixa de origem, com todas as peças (o que é raro nestas ferramentas em 2ª mão), ainda embrulhado no papel encerado de fábrica. Por 35 euros! Está cá em casa, claro, já todo limpinho, afiado, protegido e pronto a usar.

Para quem não sabe, um guilherme é uma plaina especial para fazer rebaixos. Para poder encostar a ferramenta à tábua, a lâmina é da mesma largura que o cepo, que é reforçado por cima e aberto a toda a largura do lado do rasto (a parte de baixo). Adicionalmente, este modelo tem uma guia, para controlar a largura do rebaixo que se está a cortar, um batente para controlar a altura do mesmo, e duas posições possíveis para o ferro - a de trás é a normal, a da frente é para se poder abrir um rebaixo até o mais à frente possível se a extremidade do trabalho não for aberta.

A Stanley nº 78 foi fabricada, segundo uns, desde 1885 até 1973, segundo outros desde 184 até 1984 - seja como for, cerca de100 anos, o que mostra o sucesso que teve. Uma das maiores autoridades mundiais em plainas Stanley escreve que (tradução livre) "...quase todos os marceneiros da época tinha uma plaina destas... Qualquer entusiasta de ferramentas manuais deveria considerar esta plaina, ou outra do mesmo género, seja de um concorrente ou uma versão de madeira, como fazendo parte das ferramentas do seu arsenal".

Além desta, encontrei um outro guilherme pequeno e simples, de madeira (mogno?), com um desenho muito tradicional, que achei muito bonito e era barato, que também comprei. Mas esse, ao contrário do Stanley, não é para usar, é para apreciar.

Finalmente, vi duas garlopas de madeira, tradicionais, em muito bom estado, madeira bonita uma delas com o punho trabalhado, e nada caras. Estive sériamente tentado. Mas, novamente, não as ia utilizar, não tinha espaço para as guardar, e já tinha gasto o que podia. Mas algum dia hão-de aparecer outra vez (como disse acima, as pessoas não sabem aquilo de que se desembaraçam , e além do mais hoje em dia ninguém usa plainas de madeira), e pode ser que nessa altura...

No fim deste testamento, não podia deixar de anexar fotografias das minhas novas ferramentas.
Na primeira, a Stanley vista do lado esquerdo. Vê-se a guia (que também pode ser montada do lado direito) e os dois alojamentos para o ferro e a guia.
Na segunda, vista do lado direito. A peça que se vê perto da parte da frente, fixada com um parafuso, é o batente para limitar a profundidade do rebaixo.
A terceira é o guilherme de madeira. Bem bonito na sua simplicidade.
Se alguém quiser algum esclarecimento, é só dizer.

Estou agora a ver um anúncio aqui em baixo. Ferramentas a 1 cêntimo!?... Quem está a querer enganar quem?

G.

82
Bricolage Café / Fórum morto?
« em: Sábado, 06 de Outubro, 2012, 23:28:12 pm »
Boa noite a todos.

Este fórum parece estar morto!!!

É a crise?

G.

83
Ideias, Truques e Dicas / Furar mosaico cerâmico
« em: Terça, 18 de Setembro, 2012, 17:57:16 pm »
Gostaria de trocar ideias sobre a furação de mosaico cerâmico.

Para mim, aparte o aço temperado, é a coisa mais danada de furar que encontrei até agora - com a agravante que está sujeito a lascar se for mal tratado.

A técnica mais prática que acabei por encontrar foi:

- Usar brocas de muito boa qualidade, próprias para materiais duros; as brocas correntes para alvenaria ou para pedra não servem, têm de ser brocas para grés. Uso as Irwin "Cordless", porque tenho facilidade em encontrá-las localmente. Têm de ser usadas sem percussão e a baixa rotação

- Pico muito ligeiramente o mosaico com um punção para marcar o ponto de assentamento da broca.

- Começo por fazer, com uma Irwin "Cordless", um furo de diâmetro inferior ao final, a baixa rotação, com bastante pressão, sem percussão (isto é importante para o mosaico não lascar e a broca não fugir do sítio - garanto que marca o mosaico); retiro a broca a cada dez ou 15 segundos para a arrefecer; lubrifico com um pouco de água (ando a tentar esclarecer com a Irwin se isto é necessário ou conveniente)

- Quando chego as uns 5 ou 6 mm de profundidade, ainda dentro do material cerâmico mas já farto de fazer força, troco a broca "Cordless" por uma "Granite", própria para pedra dura e que pode ser usada com precussão, até à profundidade final do furo. Nesta fase uso percussão (não devia fazer isso até atravessar o mosaico, mas...), e o trabalho é relativamente rápido.

- Para acabar, uso uma "Cordless" com o diâmetro final.

Ao fazer primeiro um furo-guia e depois uma segunda broca para acabamento, corro o risco de lascar os bordos do furo ao fazer a entrada da 2ª broca, mas foi a maneira menos difícil e que exige menos força que encontrei (estou a falar de furos com diâmetro final de 6mm apenas)

Não tenho muita experiência deste tipo de ttrabalho, mas prevejo vir a ter de fazê-lo mais vezes.
Alguém está interessado em partilhar experiências ou ensinar-me alguma coisa?

Obrigado
G.

84
Ferramentas / X-Acto - o nome e a história
« em: Sexta, 13 de Julho, 2012, 01:35:10 am »
Boa noite a todos

Há uns tempos propus-me falar do nome X-Acto. Aqui vai.

Com a marca X-Acto aconteceu, em Portugal, o mesmo que com a Black & Decker há uns 40 anos. Alguns dos mais "antigos" (> 60 anos...) talvez se lembrem que, por finais dos anos 1960 ou princípios dos 1970, a B&D lançou uma campanha comercial muito forte dirigida ao mercado amador. Em resultado disso, muita gente passou a chamar a qualquer berbequim eléctrico, fosse de que marca fosse, "um Black & Decker".

Com a X-Acto aconteceu algo semelhante, embora não relacionado com qualquer campanha publicitária. Segundo li, Portugal é um dos poucos países onde qualquer ferramenta, do tipo das que em inglês se chama "utility knife", é genéricamente chamada "um X-Acto". Há alguns anos passou-se até comigo uma cena caricata numa conceituada loja de ferramentas de Lisboa onde, quando procurei peças da X-Acto, um douto empregado (bastante mais novo do que eu) me olhou com ar superior e declarou: "para já, X-Acto não é uma marca, é um tipo de ferramenta". Que podia eu fazer senão rir na cara dele?

Vamos então a uma curta história da genuína X-Acto.

A companhia X-Acto foi fundada em Nova York por um emigrante polaco de nome Sundel Doniger. A empresa começou por produzir seringas e outro equipamento hospitalar. No início dos anos 1930 começou a produzir lâminas cirúrgicas de precisão, que eram montadas num cabo especial que permitia utilizar uma variedade de lâminas intermutáveis. Doniger tinha pensado vender este produto a cirurgiões, mas o produto não foi aceite por ser muito difícil de limpar e manter limpo.

Segundo reza a história, a ferramenta X-Acto que tornou famosa a companhia foi criada quando um publicitário ao serviço da X-Acto necessitou de uma ferramenta para fazer retoques em peças publicitária. Doniger terá projectado uma ferramenta a partir do esboço feito por este seu empregado. Um seu cunhado sugeriu que poderia ser um bom produto para o mercado das artes gráficas, e o produto foi tão bem aceite que a X-Acto o passou a produzir em grande escala.

Na sequência deste sucesso a X-Acto lançou-se no projecto e produção de uma variedade de ferramentas e instrumentos especificamente destinados ao mercado das maquetes e do modelismo. Estes produtos podiam ser comprados isoladamente ou em conjuntos contidos em caixas ou armários produzidos propositadamente para este fim. Ao longo da vida da empresa Doniger obteve várias patentes relativas a produtos da linha X-Acto e outros produtos.

Em 1971 a companhia X-Acto, Inc. foi comprada pela CBS, Inc, que em 1981 a revendeu à Hunt Corp. Em 2004 a Hunt fundiu-se com a Elmer's Corporation, de Columbus, Ohio, dando origem à Elmer's Products, Inc., de cuja linha de productos a X-Acto faz actualmente parte. ( http://xacto.com/products/cutting-solutions.aspx )

Algumas imagens (que espero caibam na mensagem):
- o logotipo original da X-Acto
- a mais clássica de todas, a X-Acto #1 com a lâmina #11
- um mostruário X-Acto dos anos 60 (fotografia obtida no número de Março de 1965 da revista Model Car Science)
- fotografia de um armário dos anos 1940 (#89 Tool Chest - infelizmente muito vandalizado por mim e pelos meus irmãos ao longo do tempo) que herdei do meu avô . As ferramentas, incluindo o berbequim manual, aliás muito ordinário, são originais da X-Acto. Vê-se também na fotografia uma caixinha original de ferramentas X-Acto que os meus pais me deram pelos meus 15 anos.
- uma embalagem original de lâminas #27

E pronto, aqui está o que na realidade é a X-Acto. É uma curiosidade que espero que achem interessante.

Mas como vamos agora chamar às tais "utility knives"? Até penso que chamar-lhes X-Acto dá jeito...

Divirtam-se

G.

Páginas: 1 ... 4 5 [6]