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Tópicos - GLFaria

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Bricolage Café / Fórum "penetrado"
« em: Terça, 08 de Julho, 2014, 13:36:28 pm »
Atenção às mensagens pessoais.

Nunca participei em redes sociais. No entanto, nos últimos dias recebi no meu e-mai pessoal, ou seja, sem ser através do fórum, dois contactos "no reply" da rede Twoo (não faço ideia o que é), solicitando contactos com dois membros com quem já contactei através das mensagens pessoais do fórum - Rui Domingos e Catarina.

Não acredito que os pedidos de contacto fossem genuinos. Suponho que de alguma forma a Twoo tenha tido acesso à base de dados do fórum, ou pelo menos ao sector relativo às mensagens pessoais. Quantas mais entidades terão acesso a estes dados?

Portanto, cuidado com as mensagens pessoais. Por mim, tenciono não voltar a utilizá-las.

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Ferramentas / Trinchas
« em: Quarta, 11 de Junho, 2014, 14:34:09 pm »
Não sei se este é o sítio correcto, mas penso que uma trincha é uma ferramenta...

Como alguns dos que têm lido os meus posts talvez se lembrem, um dos trabalhos que detesto fazer, e que faço o menos possível, é pintar ou envernizar. Ainda por cima, dadas as caracterísicas do local, tem que ser à trincha.

Mas ainda detesto mais quando as trinchas largam cerdas na pintura/verniz. Ou quando, mesmo quando são limpas com cuidado imediatamente depois de utilizadas, ficam a parecer um cabo com pêlos espetados, cada um de seu tamanho.

Estou agora a "sofrer" um trabalho desses. Alguém me pode sugerir uma boa marca de trinchas (pequenas, entre 1/2" e 2" no máximo) que não largue (oulargue menos do que a média) cerdas e não fique a parecer uma almofada de alfinetes? Ou isso é animal que não existe?

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Bricolage Café / É assim que se começa...
« em: Quarta, 04 de Junho, 2014, 23:36:36 pm »
Em minha casa, o local preferido do meu neto de 32 meses é o quarto a que pomposamente chamo a minha oficina. Desde que começou a andar sempre gostou de mexer na bancada Black & Decker. Tem autorização para ir buscar às gavetas um certo número de ferramentas em que pode mexer (chaves de bocas, alicates, limas, aparafusadora...). E o prato favorito é - ao meu colo ou em pé num banquinho que ele próprio vai buscar - sempre sob supervisão, ligar e desligar o engenho de furar.

Quando quer ir bricar com as ferramentas, declara que quer "ir trabalhar"...

Claro, é indispensável ir-lhe ensinando as regras da segurança (a fotografia não foi tirada para o fórum, mas lembrei-me dela agora, e como não há maneira de isto andar para a frente...)

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Ideias, Truques e Dicas / Controlo da concentricidade
« em: Domingo, 16 de Março, 2014, 20:07:15 pm »
Como o fórum tem andado um bocado "morno", aqui vai mais um contributo.

Para verificar a concentricidade do movimento do encabadouro do engenho de furar, fiz um suporte para o comparador utilizando uma poleia de madeira laminada do L-M. As fotograsfias explicam melhor do que qualquer descrição que eu consiga fazer.

Quando o comparador está em posição (não esquecer de dar uma ligeira pré-compressão, basta um ou dois milímetros), roda-se a árvore à mão pelo menos uma volta completa. O desvio total da agulha, numa volta completa, é a excentricidade total (o que nos países de lingua inglesa chamam TIR - Total Indicator Reading). Quanto menor for, melhor. Medir pelo menos na parte superior e ne parte inferior do cone.

No caso do meu, com um comparador com uma resolução de 0,01mm, não consegui detectar qualquer excentricidade no cone (tem de ter alguma, mas a resolução do meu comparador não permite medi-la). O que me levou a comprar uma bucha nova de boa qualidade, porque pelos vistos o engenho merecia melhor do que a que tinha de origem - pode não ser muito importante para furar madeira, mas para furos de 1,5 ou 2mm em metal nota-se a diferença. Na fotografia, a bucha de origem à esquerda, a nova à direita.

Já agora - este encabadouro é um cone DIN B16. Adequado para furar, não tanto para fresar; mas eu de qualquer forma não freso com este engenho para não dar cabo dos rolamentos.

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Ferramentas / Modificação indesejada - mas necessária
« em: Sábado, 08 de Março, 2014, 22:49:02 pm »
Há uns tempos a correia de transmissão do meu engenho de furar começõu a desfazer-se. Vinte anos de bons e leais serviços - relativamente pouco intensos, mesmo assim - tinham que ter os seus efeitos.

A correia antiga já não tinha nenhumas inscrições que permitissem saber a medida - era apenas uma correia trapezoidal lisa, de secção agora já quase oval, e bastante flexível. Por isso, tive de tirar uma quantidade de medidas até chegar a uma gama de dimensões provável. Problema - não consegui encontrar correias trapesoidais lisas nesta gama de dimensões.

Não há problema, pensei. Instalo uma correia dentada, que até é melhor para os pequenos diâmetros destas polies. E aranjei com facilidade uma correia dentada com o comprimento conveniente e que servia nas polies.

O problema foi montá-la. As correias trapezoidais são mais altas que as lisas, e por mais que comprimisse o tensor - com a mola totalmente a bloco - não conseguia fazer a correia passar para a polie.

Durante uns dias, utilizei o sistema sem montar a mola, para ganhar uns milímetros de curso - no fim de contas, nestes tensores a mola serve apenas para o êmbolo do tensor acompanhar a placa de montagem do motor, enquanto a correia é tensionada, para quando se trava o êmbolo ele manter a correia em tensão. E assim já conseguia montar a correia.
Pois sim! O problema é que muitas vezes me esquecia de, ao tensionar a correia, fazer o êmbolo acompanhar o movimento. Como não estava lá a mola para o empurrar, o êmbolo ficava para atrás. Nestes casos, eu travava-o mas, como ele tinha ficado atrás, a correia não mantinha tensão e ficava folgada.

Depois de coçar um bocado a cabeça, lá me resolvi a fazer e montar um novo sistema para poder usar uma mola para pressionar o êmbolo.
Vasculhando nos resíduos que cá tenho, encontrei um resto de perfil de alumínio para dobradiça de janela, e uma mola com características adequadas. Colecciono molas pequenas há dezenas de anos, para o que der e vier - e esta veio a jeito (á cautela, dei-me ao trabalho de calcular a força que iria fazer quando comprimida; mas foi trabalho a mais, porque também não tinha mais nenhuma com as dimensões necessárias). Ainda tive que fazer um segundo êmbolo para actuar com a mola, e um casquilho em aço para fechar o perfil na parte de trás.

As fotografias e o esquema anexos talvez consigam dar uma ideia do ponto em que parti e do ponto a que cheguei. O tensor, agora, funciona impecávelmente.
O trabalho mais difícil foi, de longe, conseguir alinhar o novo sistema com o antigo, para a mola e o êmbolo poderem correr sem problemas dentro do perfil. Além de ser necessário fazer uns calços, esses calços têm de ser em cunha e diferentes um do outro, porque o corpo do engenho é mais largo do lado do motor do que do lado da bucha. Mas com muito trabalho de lima acompanhado de muitos testes de montagem, lá consegui. E para ter a certeza que não se desalinham, colei-os.

Isto provávelmente de pouco servirá para outros, mas pelo menos pode dar ideias e mostrar que em mecânica há sempre alternativas.




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Madeiras / Um bom livro
« em: Sexta, 07 de Março, 2014, 14:42:41 pm »
Uma vez que o Inglês éuma lingua aceite no fórum - o que muito me alivia, porque me evita pedir desculpa cada vez que apresento um livro, artigo ou link em Inglês  :) - recomendo vivamente, a qualquer pessoa que trabalhe em ou se interesse por madeira, o livro cujas fotografias anexo.
Já há uns tempos que estava para falar nele, mas tive um certo receio que considerassem que me estava a exibir! Agora já não...

É considerado um livro de referência (basta pesquisar Bruce Hoadley na internet), e é extraordinária a quantidade de coisas que se podem aprender sobre um material que alguns possívelmente consideram comum. É só ver o índice...

Comprei o meu na Amazon.uk

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Ferramentas / E sai uma mesa para...adivinhem...o engenho de furar!
« em: Terça, 25 de Fevereiro, 2014, 23:46:11 pm »
Pode parecer que só me ocupo do engenho de furar. Na realidade, é um dos meus equipamentos mais úteis e mais utilizados, por isso tenho dedicado bastante tempo a melhorá-lo. E ainda tenho mais alguns projectos pendentes...

A mesa de origem é muito pequena, feita para trabalhos em peças pequenas de metal. Vai continuar a servirpara isso. Mas entretanto, senti necessidade de uma mesa um bocadinho maior para os trabalhos em madeira. Um bocadinho maior, mas não muito - não queria que ultrapassasse a largura do banco onde o engenho está assente, e muito menos que passasse para a frente dele, mesmo como está já lhe dou muitas pancadas ao entrar a porta!

Assim , fiz uma minúscula mesa com 31,5 x 22 cm úteis, que se adapta à mesa de origem. É o suficiente e cumpre os requisitos de espaço. A plataforma é em MDF de 10mm, bordejada com aquele horrivel pinho do L-M. Não gosto muito do MDF, mas gosto ainda menos do aglomerado, folheado ou não, e o MDF envernizado (verniz de soalhjo, como é meu hábito) é perfeitamente adequado para isto. É um projecto que, conceptualmente, não tem nada de novo - há dezenas de exemplos na internet.

Vou tentar descrever sucintamente com a ajuda das fotografias.
1ª série de fotografias: o tampo em construção, já com as ripas de pinho aplicadas
- os furos com caixa são para montar porcas-garra - os que têm a caixa para o lado de cima são para as porcas de fixação à mesa de origem do engenho, os que têm a caixa para baixo são para porcas para eventualmente montar um acessório de fixação
-descobri tarde demais que da parte de trás para a da frente da mesa de ferro fundido do engenho havia um desnível de 1,7mm, pelo que, para o centro do tampo não ficar no ar, tive de acrescentar uma falsa-base em contraplacado de 4mm e uma ripa para compensar os tais 1,7mm (3ª fotografia, a faixa mais escura visível ao lado da caixa para a porca-garra)
- o furo de maior diâmetro perto do centro do tampo - propositadamente deslocado - serve de alojamento a uma peça "sacrificial" de madeira, ou material semelhante, para suporte das peças enquanto são furadas.

2ª série de fotografias: o tampo em construção, com as porcas-garra montadas (frente e verso).
- na 3ª fotografia vêem-se, mais para o lado de trás, umas "tampas" (círculos claros), feitas com folha de madeira (2 x 0,6mm). Servem para tapar as porcas-garra que aí vão montadas, para não haver acumulações de lixo nos alojamentos. Os outros dois furos não são tapados - ao contrário dos primeiros, são abertos para baixo, excepto quando lá estiver alguma coisa montada, por isso podem ser limpos fácilmente.
Embora a placa pareça ter acabamentos diferentes nas várias fotografias, o que há é que umas foram tiradas com luz do dia e outras com luz artificial; ainda n~~ao tinha aplicado nenhum acabamento.

3ª séria de fotografias: início da construção dos manípulos de fixação do tampo à mesa de origem
- as "maçanetas" são feitas a partir de contraplacado de 10mm, cortado em redondo por meio de uma serra craneana; o furo tem de ter a medida do parafuso que se quer utilizar, o que me obrigou a comprar um novo conjunto de serras - o que eu tinha era com uma broca central de 8mm, e eu queria usar parafusos M6 x 50.
- na 1º fotografia o corte dos discos maiores, na 2ª os discos cortados, na 3ª os alojamentos para as cabeças dos parafusos nos discos maiores e o início da montagem.
- o parafuso é primeiro montado no disco pequeno, depois alica-se cola, e finalmente aplica-se a cabeça do parafuso no alojamento do disco grande, aperta-se, e espera-se que seque. Inicialmente pensei usar cola epoxi, finalmente usei cola branca forte - como o alojamento da cabeça do parafuso estava bem justo, tratava-se básicamente de colar os dois discos de madeira.

4ª séria de fotografias: acabamento dos manípulos.
- nada de especial - lixagem com grão P320, e três demãos de verniz para soalho. Neste projecto - e nos próximos será igual - tive de usar verniz brilhante, embora não seja muito apreciador; acontece que se acabou a lata de verniz mate, precisei de comprar brilhante para outro uso, e não me posso dar ao luxo de ter duas latas de litro abertas - uma lata dura-me quase um ano.
- na 3ª fotografia vê-se também a peça que, ajustada à parte de baixo da mesa de origem, e apertada com os manípulos, faz a fixação do tampo à mesa de ferro.

5ª séria de fotografias: o tampo montado no engenho
- na 1ª fotografia, tirada de baixo para coma, a fixação do tampo.
- nas outras, visto de cima, com a peça "sacrificial" na 2ª, e sem ela na 3ª; o furo central de 19mm, que coincide com o da mesa de ferro, serve para ajudar a extrais esta peça, empurrando com um dedo a partir de baixo.

Não faço ideia se a explicação está suficientemente clara. Pelo menos, está muito mais comprida do que eu inicialmente previa...Vamos ver se as séries de fotografias saem pela ordem devida. Se não, terão de puxar pela cabeça, é para isso que ela serve!

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Ferramentas / Os candeeiros de secratária do IKEA têm outras aplicações...
« em: Domingo, 23 de Fevereiro, 2014, 23:51:37 pm »
Lá volto eu ao meu tema recorrente - ou pelo menos mais actual - o meu engenho de furar, no qual tenho trabalhado afincadamente.

Com a luz de tecto que tenho naquele quarto, quando queria fazer alguma furação mais delicada tinha de ir buscar uma lanterna.
Há tempos que pensava aplicar lá um sistema qualquer de iluminação, mas não sabia muito bem como. Já tinha comprado um candeeiro de mola de LED (modelo Jansjö do IKEA, a 9,99€), mas a maneira mais prática de o montar estava-me a escapar.
Até que fiz a modificação à fixação do motor sobre a qual escrevi no meu tópico anterior e literalmente "fez-se luz".

É mais fácil ver nas fotografias do que descrever. Fiz uns calços que se adaptam à mola do candeeiro, com um sulco para o parafuso do motor (assim não foge da posição), cortei e emendei o fio para ficar mais curto, e o resultado está à vista - no sentido figurado e no literal - vê-se muito melhor o trabalho.

Antes que me esqueça - quem quiser encurtar e emendar um fio destes, é bom que se lembre que um LED trabalha com corrente contínua e tem polaridade. Eu esqueci-me disso, soldei os fios ao acaso, e depois tive que cortar e fazer de novo - como não podia deixar de ser, a lei de Murphy actuou, tinha trocado as polaridades e o LED não acendia!


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Ferramentas / Nova modificação ao engenho de furar
« em: Quinta, 20 de Fevereiro, 2014, 19:41:55 pm »
Há uns meses apresentei uma modificação que fiz no batente de profundidade do meu engenho.

Como é uma máquina muito pequena e ordinária - embora, para meu espanto, bastante mais precisa do que supunha - está mesmo a pedir várias modificações mais, algumas das quais já fiz. Vou apresentar uma decada vez, em vários posts, para fazer render o peixe (e porque escrevo sempre muito...)

Desta vez - o "interruptor".
Na maioria dos engenhos pequenos que tenho visto, pelo menos nos mais antigos, a botoneira (na realidade um relé, mais adiante explico porquê), que liga/desliga a máquina está colocado do lado oposto ao mecanismo de subir/descer a árvore que leva a bucha. Se, como acontece tão frequentemente quando se está a furar madeira, estivermos a segurar a peça com a mão esquerda, esta posição do interruptor é potencialmente perigosa porque, para parar, das duas uma: ou se retira e larga o material que se está a furar, com o engenho ainda a funcionar - o que é muito, muito má prática - ou se dá a volta com o braço direito por cima do engenho para carregar no botão de desligar, o que pode ser ainda pior porque deixa de se ver o trabalho. Numa situação de emergência, como já me aconteceu, a coisa pode tornar-se ainda mais complicada e perigosa.

Resolvi transferir a botoneira para a parte da frente do engenho, como é posicionada nos engenhos maiores.
Para isso, tive de fazer uma caixa onde coubesse a botoneira e fixá-la ao corpo do engenho. A caixa é de contraplacado (diversos pequenos retalhos que cá tinha), com uma frente de PVC. A razão de usar o PVC foi apenas porque o contraplacado era grosso demais e excessivamente macio para fixar correctamente a botoneira. Não há problema em usar contraplacado - a corrente de funcionamento é muito fraca, só 1,2 Ampéres (motor de 250W). E envernizei-o, para não dar origem a poeiras.

A cablagem está com um aspecto um bocado ordinário mas é segura. Como não consegui retirar os terminais da botoneira, e tive medo de a estragar se forçasse, resolvi não substituir a cablagem de origem. Cortei os cabos e prolonguei-os com cabos do mesmo calibre dos de origem (0,75mm2 !) com emendas soldadas, que protegi com tubo termo-retráctil. Na zona das emendas mais perto da botoneira ainda consegui arranjar espaço para um segundo tubo termo-retráctil a cobrir os pares de cabos emendados por cima dos isolamentos que já tinha aplicado nos cabos individuais. Do outro lado não tinha espaço para poder usar o segundo tubo retráctil de protecção sobre o conjunto dos cabos, pelo que tive de reforçar a segurança com um bom "embrulho" de fita isoladora. Não é bonito, e industrialmente é uma verdadeira "nódoa", mas faz adequadamente a função, que é evitar que  o isolamento dos cabos se possa eventualmente desgastar ao roçar nas arestas com as vibrações da máquina em funcionamento.

O que dá um aspecto mais ordinário à coisa é aquele cabo de terra (o amarelo e verde) do motor, que ficou à vista porque havia um ponto de ligação à massa no interior da carcaça, que eu quis aproveitar para não ter de fazer mais um furo roscado (aquele engenho qualquer dia parece um queijo Gruyère), e por isso tive de separar esse cabo dos restantes, e fazê-lo entrar por onde era possível. Tudo teria sido mais simples se tivesse podido substituir toda a cablagem.

Já agora - este trabalho não foi só electricidade. A fixação da nova caixa da botoneira é feita com parafusos M4. Como não gosto da ideia de furar e roscar deixando cair as aparas para dentro da máquina, tive de desmontar a parte mecânica toda para deixar tudo limpo por dentro. Aproveitei para limpar e lubrificar todas as peças, coisa que já devia ter feito há muito tempo.

É possível que a alguém ocorra a dúvida - porquê usar a botoneira com um relé, e não um simples interruptor? É uma questão de segurança. Se usar um interruptor simples nestas máquinas que se podem ligar e desligar da tomada, há o risco de alguém inadvertidamente actuar o interruptor, e deixá-lo na posição de ligado. Na altura não se dá por nada, mas quando se meter a ficha na tomada a máquina começa imediatamente a trabalhar. Com um relé isso não acontece - se não tiver corrente, o relé automáticamente desliga, e não volta a poder ser ligado de novo enquanto não estiver novamente ligado à corrente.

Anexo fotografias para se perceber melhor o que descrevo. Uma mostra a situação original, as restantes o resultado. Anexo também uma fotografia da botoneira para verem porque é que precisei de fazer uma caixa tão funda.
Na última foto, além do cabo "embrulhado" em fita isoladora e do mal-parecido cabo de terra a vista, pode ver-se uma modificação que fiz à articulação da montagem do motor. Onde antes eram dois parafusos e montes de folgas na montagem (ver foto da situação original), passei uma broca de 8mm no furo roscado superior e passei a usar apenas um parafuso M8x100 de cima a baixo, aparafusado só embaixo, com uma contra-porca.

Espero que achem interessante.
E, Pajo, você que sabe mexer nestas coisas podia fazer uma modificação deste género no seu engenho, que se bem me lembro é semelhante ao meu mas um pouco mais potente (350W). Claro está que se prender sempre as peças num torno (apertadeira, lembra-se?...) não precisa, mas por algum motivo não acredito que isso aconteça. :)

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Bricolage Café / Vamos pôr isto a andar?! Ou não?
« em: Quinta, 13 de Fevereiro, 2014, 14:40:34 pm »
Boa tarde a todos.

Embora de há uns meses para cá seja raro olhar para o fórum, resolvi abordá-lo de novo pelo seguinte.

Em breve troca de correspondência com outro membro, concluí que ambos lamentamos que o fórum esteja no estado deplorável em que está, mas que pouco o consultamos porque não aparecem temas de interesse – ou, para dizer melhor, não aparecem temas nenhuns. Não há discussão.

Penso que o que provavelmente está a acontecer é que os membros não vão ao fórum porque não há “movimento” com interesse – e não há “movimento” com interesse porque as pessoas não vão ao fórum… A conhecida pescadinha de rabo na boca.

E por este caminho o fórum vai morrer não tarda muito. O que é uma pena porque é único e porque, mesmo que não haja muitos interesses comuns – embora os membros sejam centenas, os participantes activos sempre foram poucos, e quase cada um se interessa por determinada actividade, o que limita as possibilidades de uma discussão aprofundada sobre um determinado assunto – sempre se aprende qualquer coisa útil com o intercâmbio de experiências e conhecimentos. E os criadores do fórum merecem que não o deixemos morrer.

Por este motivo, embora as minhas actividades e disposição, por motivos que nada têm a ver com o fórum, estejam a passar por uma baixa de dinamismo, estou na disposição de, embora talvez não com a intensidade do passado, regressar. Mas não posso apenas por mim dar-lhe vida, e não estou na disposição, nem tenho capacidade nem actividade suficiente, para o fazer sózinho.

Se pelo menos a meia-dúzia ou a escassa dúzia de membros que participavam activamente e regularmente quiser também tentar, então vamos ver se o conseguimos espertinar.
E, já agora,  porque não alguns dos membros ocultos que aí estão escondidos a espreitar? Aposto que há uns quantos que têm conhecimentos interessantes para partilhar, mas que não se querem expor. Vá lá, se querem ter os benefícios, tenham também o trabalho e contribuam para o interesse do fórum!

Se não houver interessados – então é deixar morrer.

Fico à espera de reacções
G.

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Sugestões, Dúvidas, Regras e funcionamento do fórum / ALERTA! CAVALO DE TRÓIA
« em: Quarta, 09 de Outubro, 2013, 12:14:51 pm »
Suspendo muito brevemente a minha decisão de cancelar as minhas intervenções no fórum para alertar que nas últimas três vezes que o consultei (habitualmente faço-o uma vez por dia ou de dois em dois dias) o meu antivírus (McAfee) detectou e destruiu uma tentativa de introdução, obviamente através do fórum, de um cavalo de tróia.

Atenção, administradores, e todos os que não tenham boas protecções anti-virus.

Até qualquer dia... talvez
G.

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Projectos, Plantas e Orçamentos / Suporte "exótico" para TV
« em: Segunda, 16 de Setembro, 2013, 15:17:11 pm »
Queria instalar uma TV pequena numa casa de praia, mas tinha várias restrições:

- a posição de onde seria mais provável ser vista está ao lado de uma porta-janela com 3,20m de largura; esta localização é fundamental e fixa - trata-se do local de assento preferido de uma pessoa tetraplégica.
- não queria utilizar mesa de rodas nem cabos pelo chão - uma mesa implicaria mais espaço ocupado, há crianças em movimento para tropeçar e mexer nos cabos e para deitar a TV ao chão, a porta-janela também serve de entrada na casa.
- quando não estivesse em uso, ou seja a maior parte do tempo, o aparelho teria de poder ser rebatido contra uma parede, por motivos estéticos e "para não empatar".
- por motivos visuais (reflexo da janela) e de lay-out da sala, a única parede utilizável para montar o aparelho só poderia ser a mesma onde existe a porta-janela.
- o período provável de utilização mais frequente seria 1 mês ou 1 mês e meio por ano - portanto, não interessava uma solução cara.

Estas condições implicavam que tinha de ser possível deslocar o aparelho, sem ser pelo chão, cerca de 2 a 2,5 metros - desde a posição rebatida contra a parede até uma posição confortável para a pessoa em questão poder ver.

A solução que encontrei e realizei está nas fotografias. Não me preocupei com pormenores estéticos - como em geral não me preocupo, interessa-me muito mais a concepção e funcionamento dos equipamentos; além de que, tratando-se de uma casa de praia, a vida é muito informal. Mas talvez ainda melhore a condução e arrumação dos cabos - qualquer dia...

Dado o comprimento do braço do suporte, necessário para ter o curso pretendido, o aparelho de TV tinha de ser pequeno e leve - mesmo os cerca de 3,4 kg deste aparelho já originam um binário significativo num braço de 1,10 m de comprimento. O braço tinha de ser suficientemente rígido para não se deformar - usei dois tubos de secção rectangular de alumínio, separados entre si cerca (se bem me lembro) de 10cm, e unidos nos extremos com peças de ipê (restos de umas plataformas de duche que cá tinha). O tubo vertical é também de alumínio, diâmetro exterior 25x1,5, reforçado interiormente (novamente o problema da rigidez...) com um tubo de secção quadrada de 15x1,5mm. A articulação junto à parede é feita a partir de perfis de alumínio do tipo utilizado para portas e janelas.

Numa versão anterior tinha tido problemas com o binário originado pelo peso do aparelho no ponto de fixação ao tubo, que ainda por cima tinha de ser rotativo - o centro de gravidade estava uns 4 ou 5 cm à frente deste ponto, o que era suficiente para torcer a fixação. Por isso, modifiquei o sistema de forma a que o centro de gravidade da TV ficasse exactamente debaixo do tubo vertical de suspensão. A peça que agora absorve esse binário é uma peça quinada de aço inox de 3mm, mais do que suficientemente resistente - para quem tiver curiosidade, é uma das peça de fixação à parede de um toalheiro pequeno do IKEA - o toalheiro custa só 2,99 euros, achei que compensava utilizar uma parte dele para esta finalidade, de certeza que mais tarde arranjarei utilização para o resto...

Tive que comprar algumas coisas (por exemplo, o toalheiro...), mas a maior parte dos materiais que utilizei eram sobras de projectos anteriores - o que também me obrigou a puxar um pouco pela imaginação...

Não sei se a explicação está confusa, mas neste momento não tenho tempo para mais. Se alguém estiver interessado nalgum esclarecimento de pormenor, esteja à vontade para perguntar, claro. Por questão de capacidade, envio as fotografias em duas mensagens, não tenho tempo para requintar.


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Ferramentas / Bem prega frei Tomás...
« em: Segunda, 09 de Setembro, 2013, 01:05:21 am »
Boa noite a todos. Estou de volta, embora um pouco mais tarde do que pretendia. Vou ter que percorrer as mensagens do último mês e meio para me actualizar, mas penso que não será imediatamente.

Entretanto, e contrariando as minhas práticas e recomendações habituais, comprei um equipamento eléctrico do nível "de brincar" - ou seja, uma lixadeira de rolos Parkside do LIDL. A compra teve um objectivo definido - queria experimentar a viabilidade de uma lixadeira de rolos nalgumas aplicações que saem um pouco fora daquilo para que uma máquina destas está prevista, e para fazer experiências não me interessava comprar um equipamento de boa qualidade e caro - na realidade não tenho uso para uma lixadeira de rolos nas suas aplicações "normais", e essas maquinetas fazem uma poeirada que não é muito do meu gosto.

Aquilo parece-me muito fraquinho sob o ponto de vista qualidade e durabilidade, além de que é mal acabada (também, por 30 euros...), e mesmo com uso ligeiro e ocasional não lhe dou mais de um ou dois anos se tanto. Servirá para as experiências e, com sorte, talvez ainda faça alguns pequenos trabalhos úteis. Honestamente, não lhe posso pedir mais, não é uma máquina a sério (mas se alguém já tiver usado uma e tiver uma opinião diferente aceito de boa vontade que me contradiga...)

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Bricolage Café / Vejam-me só estes modelos...
« em: Sexta, 02 de Agosto, 2013, 01:58:38 am »
http://www.youtube.com/watch?v=RiGhVjkVIVo#

É um tema que também me interessa, mas só "no sofá"... Estampar um modelo destes custa muuuito mais do que uma boa plaina, e é um tipo de bricolage de dedicação exclusiva.

Mas que são uma beleza, lá isso são

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Ferramentas / Apontamentos pessoais sobre a compra de uma plaina
« em: Sexta, 02 de Agosto, 2013, 00:39:14 am »
Esta “dissertação” foi originada pela expressão “comprar uma plaina decente” do mbernardes. Como vou estar fora durante o mês de Agosto (não que não vá ter acesso à internet – não acredito é que vá ter vontade de ligar o computador…), achei que bem podia escrever uma “peça” de despedida para férias… Não é nenhum tratado (embora seja comprido, como habitualmente são os meus…), mas admiti que duas ou três pessoas pudessem saber ainda menos de plainas do que eu.
Antes de mais, uma advertência: na minha opinião (admito que discutível, mas quem quiser arriscar compre uma…) as Stanley não são actualmente, de modo nenhum, plainas de qualidade minimamente aceitável (notar que nem sequer digo de boa qualidade). De há pelo menos cinquenta anos para cá a qualidade da Stanley tem piorado constantemente, e nem mesmo as Bailey (já para não falar das Handyman…) de princípios dos anos 1970 podem ser consideradas realmente boas (tenho em minha casa duas Stanley Bailey #3 dessa época; ambas têm exactamente os mesmos problemas). Não me lembro de ver nenhuma que não tenha alguns problemas recorrentes; mas pode ser que eu seja excessivamente jovem para poder ter visto alguma genuinamente boa (segundo dizem, havia-as muito boas… até alguns anos depois do fim da 2ª guerra mundial; mas nessa altura eu ainda era miúdo demais para me interessar). A Stanley tem imerecidamente gozado, pelo menos em Portugal, de uma reputação de qualidade que, a meu ver, só pode ser atribuível a um apego nacional à tradição…e à importância que se pode dar um nome…
Querendo comprar um a plaina nova decente, há que contar gastar pelo menos cento e muitos euros. Claro, quem queira comprar uma plaina garantidamente boa e possa gastar aquilo que eu considero uma fortuna, a única dificuldade que terá, se assim se pode dizer, estará na escolha de uma (ou mais) entre várias marcas e um (ou mais) entre vários modelos.
Um bricoleur de meios mais ou menos modestos tem que fazer opções. Não sei que marcas decentes haverá no nosso mercado; só tenho visto Stanley ou pior, mas também não tenho andado à procura. Comprando “lá fora”, e apenas baseando-me na boa impressão e na experiência que tenho da minha plaina de topos Juuma, diria que a versão desta marca na dimensão #4 (comprimento 25cm, ferro de 2”) é capaz de ser interessante. Ver na Dieter Schmid: http://www.fine-tools.com/eputz4.htm
O problema é que… ao preço indicado (109 euros) há que acrescentar 19% de VAT (o IVA…) e os portes (no caso da minha, que é mais pequena, foram 16,50 euros. Como a nº 4 é mais pesada, os portes serão provavelmente mais caros). Tudo junto, penso que seria necessário contar com pelo menos 150 euros – pelo que me toca, começa a estar perigosamente perto do qualificativo “fortuna”, mas duvido que se consiga uma plaina realmente decente, nova, por menos do que isso (as Kunz verdes vendidas na mesma loja, muito mais baratas, são para esquecer)
Uma alternativa interessante é procurar plainas usadas em bom estado nas feiras de velharias. Como hoje em dia, no nosso encantador país, o mercado das plainas manuais está muito em baixo – ou seja, quase ninguém as quer, toda a gente quer o luxo de equipamentos mecânicos - é possível que se consiga arranjar por um preço em conta alguma coisa que, depois de devidamente recondicionada com um bocado de trabalho, e afinada, possa fazer bom serviço. Tem é que se estar preparado para ter algum (por vezes bastante) trabalho (para dar uma ideia, pôr a minha Stanley Handyman #4, reconhecidamente ordinária, em condições minimamente aceitáveis foi trabalho para cerca de uma semana, várias horas por dia). Mas isso já é bricolage, não é?
Foi assim que comprei a minha Bailey nº3 (uma plaina do mesmo comprimento da nº 4, mas 5mm mais estreita, portanto mais leve) – custou só 25 euros, mas vou ter um trabalhão para a pôr em condições. Além de uma boa limpeza e eliminação dos pontos de ferrugem, tenho que fazer um punho traseiro novo (e já agora um dianteiro, para as madeiras ficarem a condizer…); além disso, depois de uma limpeza preliminar descobri uma fenda minúscula, que espero sinceramente não alastre, junto a um dos cantos traseiros da boca. Como não vai ser para uso intensivo…
Alguns pontos a ter em atenção em qualquer plaina, nova ou usada:
- planimetria do rasto (verificar com uma régua no sentido do comprimento, da largura, e nas diagonais)
- rasto empenado – não há volta a dar-lhe, não comprar
- zona do rasto imediatamente adjacente à parte dianteira da boca – é crítica; por vezes pode ser corrigida, mas dá garantidamente muito trabalho (eu que o diga…); nunca encontrei nenhuma plaina ordinária – nem nenhuma Stanley, lá por isso – que não tivesse problemas nesta área.
- lábio dianteiro da boca em más condições – irregularidades, não perpendicular ao eixo da plaina, inclinado “para trás”  – se for possível corrigi-lo com uma lima sem ter de remover muito material, pode ser; senão, não comprar.
- estado do rasto – desde que seja plano e desempenado, o estado da superfície só é importante porque quanto mais rugoso for mais facilmente cria ferrugem; mas é uma questão que pode ser facilmente corrigida com lixa sobre uma superfície plana (uso vidro de 8mm)
- fendas visíveis, especialmente nos lados da plaina – não comprar
- boca ajustável – é muito desejável; geralmente, as que não têm boca ajustável têm-na aberta demais, o que não permite obter um acabamento realmente bom.
- sistema de nivelamento do ferro – também muito desejável, a menos que se tenha a certeza que se consegue afiar o ferro sempre à esquadria e que o sistema de montagem do ferro na plaina permita assegurar que o ferro é sempre montado à esquadria – não é coisa para uma plaina barata…

Claro que há muito mais a dizer sobre o assunto; mas para quem quiser saber mais há muito por onde estudar; isto é só para quem quiser comprar uma plaina à pressa e não saiba por onde começar…

Para quem possa, os meus desejos de boas férias; para quem não possa, toda a minha solidariedade!

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