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Em qualquer dos casos, sempre que se usem ferramentas "barulhentas" (ou simplesmente quando se está exposto a ruídos, como no caso do tiro), não devemos dispensar a protecção auricular: a perda de audição é irreversível.
A quem o diz!!!
A perda de audição por trauma sonoro é realmente irreversível e, o que é pior, uma vez iniciada é progressiva. O grande problema é que não se dá por isso até ser tarde demais - quando começa a parecer que estamos a ouvir um pouco pior o mal já está feito.
Fui instrutor de tiro numas tropas especiais onde se davam muitos tiros - estávamos na época da guerra em África, era preciso treinar muita gente e depressa. Agora imaginem, nos meses mais activos, ouvir diariamente 2.000-3.000 tiros de G3, durante semanas - sem protecção auditiva, claro, não as havia que chegassem. Quanto a usá-las no mato... digamos que não era prático, tínhamos de ouvir bem
- mas quando os tiroteios começam havia bastante chinfrim...
Tudo isso, mais algumas imprudências que não vale a pena relatar, e por volta dos 30 anos, quando finalmente consultei um otorrinolaringologista porque achava que não estava a ouvir tão bem como dantes, ele disse-me logo que só ia piorar e que não havia solução médica para este tipo de lesão. Para agravar, seguiram-se mais 25 anos a trabalhar numa fábrica bastante barulhenta...
Aviso já os potenciais interessados - os aparelhos auditivos são estúpidamente caros, e ainda por cima não resolvem tudo (já tive três pares ao longo dos últimos trinta anos, e estou em vias de me fazer ao quarto...)
Protejam-se