Não quero deixar de dizer à partida que não sou competente para resolver um problema estrutural de um muro.
Mas como a situação parece desesperada - é impossivel prever quanto tempo durará o muro até cair naturalmente, mas sabe-se que vai acabar por acontecer e quando acontecer o problema pode ser muito bicudo - e como quer ideias, aqui vai.
Hipóteses "não":
Não creio que o problema se resolva tapando o muro com oleados. A terra pode fazer muita pressão (pergunte a qualquer pessoa que já tenha feito um tanque enterrado ou uma piscina) e o muro vai abaixo à mesma.
Se a valeta na estrada fosse sua propriedade - não acredito que seja - poderia pensar em enterrar estacas e cintar o muro. Mas seria complicado, custaria uma fortuna, teria riscos difíceis de controlar, e implicaria ocupação da via pública com máquinas num sítio muito complicado (porque as máquinas não poderiam ser instaladas no terreno por causa do risco de aluimento))
Só vejo uma solução, que acarreta outro tipo de complicações - provocar a queda controlada, possívelmente apenas parcial, do muro para o interior do terreno. Seria necessário começar a abrir uma vala relativamente longe do muro, de forma a reduzir a pressão neste, e pouco a pouco ir aproximando a escavação do muro - com cuidado, por um lado para evitar fazer pressão para fora, para o muro não cair para o exterior, e por outro lado para evitar que caia para dentro para cima de alguém. Haveria também que contar com as vibrações provocadas pela escavadora - só isso poderia ser suficiente para fazer cair o muro. Seria mais prudente, se possível, provocar uma queda por fases - de cima para baixo - porque à medida que a parte superior fosse abatendo a pressão no terreno iria sendo reduzida.
Tal como a vejo, a viabilidade desta hipótese dependeria de várias condicionantes - além dos aspectos legais, a distância a que fosse possível abrir a primeira vala, a altura e volume de terra a remover, a extensão a abater, etc.
Seria com certeza uma operação de risco elevado, quer humano quer material, que teria de ser estudada e executada por alguém competente e de confiança. E, mesmo contando que a queda fosse para o interior do seu terreno, seria prudente um diálogo prévio com as autoridades locais e com os bombeiros. Por isso, enjeito desde já qualquer responsabilidade numa eventual execução prática.
Mas face à situação actual é a única solução que me ocorre, e não posso deixar de lha dar.
Espero sinceramente que consiga resolver o problema.
G.