Autor Tópico: Começar a montar caixa de ferramentas  (Lida 10905 vezes)

André Melo

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Começar a montar caixa de ferramentas
« em: Quinta, 24 de Maio, 2012, 14:03:19 pm »
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Boas tardes, não sou mecânico nem carpinteiro muito menos serralheiro, mas tal como meu pai também nasci curioso e se der para arranjar ou fazer lá estou eu para fazer  :) mas para isso sempre utilizei as ferramentas do meu "velho" e como mudei de casa e tal acho que esta na altura de começar a ter a minha própria ferramenta e maquinaria.

Ou seja ferramentas manuais quais as principais que devo comprar e que marca para ficar bem servido e mesmo digo também a ferramentas eléctricas? As mesmas vão se destinar a resolver problemas em casa e se possível a algo mais elaborada.

Cumprimentos
Obrigado

Joliveira

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Re:Começar a montar caixa de ferramentas
« Responder #1 em: Quinta, 24 de Maio, 2012, 22:21:21 pm »
Olá André,

deixo a a referência a um tópico que tem um pouco do que pergunta: O que têm nas vossas caixas de ferramentas?

Talvez seja um bom ponto de partida.
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GLFaria

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Re:Começar a montar caixa de ferramentas
« Responder #2 em: Domingo, 17 de Junho, 2012, 20:49:20 pm »
Boa tarde. Novo no fórum, as minhas saudações a todos.
Este meu primeiro post vai ser (muito...) comprido, mas com boas intenções.

André, sem desfazer de Joliveira, não creio que a resposta lhe tenha servido de muito. Vou tentar ser um pouco mais concreto.

Podemos considerar quatro áreas gerais nos "trabalhos de casa": alvenaria, pintura, canalização, electricidade, e pequenos trabalhos de reparação ou "hobbies" (marcenaria, modelismo, etc.). Se é mesmo principiante e ainda não sabe ao certo para que vai usar as ferramentas (ou mesmo se as vai usar...), parto do princípio que a sua área de actividade vai, para já, ser a das pequenas reparações - não é prudente ir mais longe do que isso.

Seguem as minhas sugestões, resultantes de mais de 50 anos de prática e muitas asneiras:
Para começar, três conselhos fundamentais:
#1 - Aparte as ferramentas básicas que indico, compre ferramentas e utensílios apenas à medida que for precisando. A menos que tenha muito dinheiro para desperdiçar, evite comprar jogos completos de ferrementas. Este conselho vale para tudo - chaves de bocas, chaves de caixa, chaves sextavadas, brocas seja de que tipo for..., nem compre ferramentas porque "algum dia posso precisar". Recebi este conselhohá muitos anos de um bom profissional (não português...) e sempre o achei bom.
#2 - Compre sempre as ferramentas da melhor qualidade que puder. Como em quase tudo, neste campo comprar baratinho não resulta, é frustrante, pode mesmo ser perigoso, e acaba por sair mais caro - mais tarde ou mais cedo vai ter de comprar de melhor qualidade. Ter em conta que algumas marcas (lembro-me específicamente da Stanley, que agora faz quase tudo na China, mas há outras) tanto têm algumas ferramentas ou utensílios de qualidade bastante aceitável como outras de qualidade vergonhosa.
#3 - Ainda antes de começar a usar qualquer ferramenta aprenda a conhecê-la e utilizá-la. Isto é especialmente importante no caso de ferramentas potencialmentre perigosas como ferramentas manuais de corte ou ferramentas motorizadas (a propósito, se for utilizar ferramentas de corte também vai ter de aprender a afiá-las - só isto tem muito que se lhe diga). Fale com profissionais ou amadores com experiência - cuidado com os gabarolas - e peça que lhe mostrem a maneira correcta de utilizar as ferramentas. Pode ver na Internet, mas cuidado - há por lá muito lixo e muitas asneiras, e como ainda não sabe distinguir o provávelmente correcto do incorrecto...

Posto isto, a sua caixa de ferramentas (e, já agora, uma caixa ou armário de ferramentas é para isso mesmo - para as ferramentas; pregos, parafusos e ferragens diversas vão para outros sítios, caixas ou gavetas). Básico, básico, básico (deixo as chaves de parafusos para o fim):
1 fita métrica metálica de 5m, com 15-16mm de largura (mais largas que isto torcem com muita facilidade).
1 martelo de tamanho médio - 400~500 gramas (hesitei entre o martelo e um maço de plástico ou de borracha; se puder ter os dois, melhor; se não, o martelo é de uso mais universal - não pode pregar pregos com um maço)
1 alicate universal de 20 cm, com cabo isolado.
1 chave francesa de 20~25cm (sim, francesa, não inglesa. São coisas diferentes)
1 tesoura robusta de 15~20cm
1 pinça direita boa, de uns 15 cm (para apanhar pequenos parafusos, pregos, etc.)
1 bom busca-pólos, não muito grande para poder ser utilizado nos parafusos das placas de junção pequenas.
1 rolo de fita isoladora
1 craveira (também há quem lhe chame "péclisse" ou "paquímetro"), com capacidade até 12-15 cm, medição exterior e interior. Se possível, aço inox com resolução de 0,1mm pelo menos, se não terá de se contentar temporáriamente com uma de plástico (aqui, estou francamente a ir contra o conselho #2...). Não precisa de ser digital, a menos que a sua vista não lhe permita ler as graduações do nónio. Essencial para medir o diâmetro de parafusos e brocas, e muito útil para medir peças de pequenas dimensões, tubos, etc. Uso-a pelo menos tanto como a fita métrica, talvez mais.
1 - daquilo a que hoje em dia se chama genéricamente um X-Acto (noutra ocasião poderei explicar a origem do nome). Dos grandes, metálico, com lâmina retráctil (Dexter não, por favor, vai totalmente contra o conselho #2...)
Óculos de segurança, especialmente se for utilizar ferramentas motorizadas ou martelar materiais que possam lançar lascas.
1 latinha pequena de óleo fino de máquina - porque, se se portar bem e fizer como todos deveriam fazer, sempre que acabar um trabalho vai limpar as suas ferramentas e passá-las com um trapo com uma gotas de óleo (a minha mulhar diz que eu não sou português...)
- Se for fazer furos nas paredes (quem não faz?...), um berbequim eléctrico com percussão. Para uso indiferenciado, 500W chegam, mas se sabe à partida que vai precisar de furar materiais duros é preferível ir para 650 ou 750W - escusa de ter de compar outro mais tarde. Um que tenha uma gola de diâmetro normalizado europeu - 43mm - para se precisar de o montar num suporte ou numa coluna. Uso Bosch há muitos anos (vou no 3º) porque, dentro do orçamento de que posso dispor, tem uma relação qualidade/preço muito aceitável. Mas há melhor (e também há muito pior).

- Aparafusadoras e chaves de parafusos - um tema que pode ser extenso:

a) Aparafusadora eléctrica? Não é essencial nem indispensável, longe disso. Mas dá jeito se houver muitos parafusos para apertar ou desapertar. Não é adequada, embora possa ser usada, para parafusos com cabeça de fenda. Pessoalmente, uso-a bastante nem parafusos usados com buchas ou para madeira com cabeça Philips, PoziDriv ou Torx. Mas gosto de dar sempre o último aperto à mão para sentir se me parece correcto ou não. Já tenho visto peças, especialmente de plástico, partidas por uso incorrecto de aparafusadora eléctrica - até por "jeitosos" que neste país tantas vezes se intitulam de profissionais.

b) Chaves de parafusos - requisitos básicos:
Cabo grosso, redondo ou sextavado, não canelado. Pessoalmente, não gosto de cabos de secção quadrada, mas pode ser uma questão puramente pessoal. Cabo com revestimento de borracha não é má ideia, desde que seja de boa qualidade. Comprimento 10-15cm dá para a maioria dos trabalhos.
Um sistema de cabo único com bits intermutáveis pode parecer interessante, mas no uso pode ser irritante. è preciso mudarde bit, e estes têm a mania de cair para sítios inacessíveis nas ocasiões mais inconvenientes, por exemplo quando está em cima de um escadote. Além de que na maioria dos casos os cabos são pouco robustos. A meu ver, servem quando muito para uma caixa de "primeiros socorros".

c) Tamanhos de chaves a ter:
1 de cada, Philips #1 e #2
1 de cada, PoziDriv #1 e #2
Quanto às #3 (maiores) e #0 (mais pequenas), aplica-se o conselho #1...
Quanto à medidas das chaves de fendas, dependem das características das cabeças dos parafusos, pelo que prefiro indicar os requisitos fundamentais: faces paralelas, ajustarem-se precisamente à fenda sem ficarem folgadas nem excessivamente apertadas (devem poder chegar ao fundo da fenda) e ter de largura o diâmetro da cabeça do parafuso. As boas chaves têm geralmente inscritas as medidas da largura e espessura da ponta e o comprimento da haste, em milímetros. Por exemplo, a inscrição 6,5x1,2x150 indica uma chave com uma ponta de 6,5mm de largura, 1,2mm de espessura, e uma haste de 150mm.
Dito isto, como um amador geralmente não se pode dar ao luxo de ter tudo, compra meia dúzia de chaves das medidas mais provávelmente necessárias e governa-se com elas. Também faço isso. Quando era mais novo ainda me dava ao trabalho de passar as pontas das chaves à esmeriladora para as pôr à medida dos parafusos, hoje em dia já não tenho paciência - uso-as tal como as compro.
Marcas - há muitas; últimamente tenho usado as FELO ( http://www.felo/de/en/ ) que, sem serem caras, se têm portado bem e são agradáveis de utilizar. Tenho-as visto à venda em muitas lojas. A única coisa irritante que têm é que as medidas estão inscritas (pintadas) no cabo de borracha; ao fim de pouco tempo de uso estão ilegíveis.

Aprenda a conhecer os diferentes tipos de parafusos, as respectivas aplicações e os diferentes tipos de cabeças. As cabeças Philips e PoziDriv podem parecer semelhantes, mas são diferentes e devem ser usadas chaves diferentes. Como cada vez são mais utilizadas em parafusos para madeira convém conhecê-las. Veja, por exemplo, em http://www.elexp.com/tips/AllAboutScrews.pdf[/i]

Sem serem fundamentais, um alicate de pressão de 15-20cm, um nível de bolha de 50cm (mínimo) e um bom esquadro metálico de 30~40 cm podem ser muito úteis (atenção à qualidade - por vezes tenho visto "esquadros" no comércio, até mesmo de marcas conhecidas, que têm uns 90º um bocado...aproximados!)

Se, como é o meu caso, não tiver um local fixo para trabalhar, uma bancada desmontável do tipo das Workmate da Black & Decker dá muito jeito. Mas é preciso estar disposto a aceitar as limitações correspondentes - por exemplo, quando quero utilizar uma plaina manual ou um formão tenho de encostar a bancada a qualquer coisa sólida - geralmente uam parede - para ela não "fugir". E mesmo assim abana que se farta.

Quase de certeza esqueci alguma coisa, mas com alguma sorte não será ão importante como isso. As ferramentas manuais clássicas são uma delícia, as motorizadas só são úteis (o que, no fundo, já não é mau... :)). Se começar a gostar, vai ver que daqui a uns anos vai ter dificuldade em arranjar sítio para arrumar tudo.

E divirta-se.

As minhas desculpas aos membros do fórum por um post tão comprido. Tentei resumir o mais possível mas, francamente, não conseguia explicar tudo o que achei necessário.

G.

Joliveira

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Re:Começar a montar caixa de ferramentas
« Responder #3 em: Domingo, 17 de Junho, 2012, 21:55:22 pm »
Caro GLFaria,

Excelente!!
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pajo

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Re:Começar a montar caixa de ferramentas
« Responder #4 em: Quarta, 20 de Junho, 2012, 20:46:39 pm »
Boa tarde. Novo no fórum, as minhas saudações a todos.
Este meu primeiro post vai ser (muito...) comprido, mas com boas intenções.

André, sem desfazer de Joliveira, não creio que a resposta lhe tenha servido de muito. Vou tentar ser um pouco mais concreto.

Podemos considerar quatro áreas gerais nos "trabalhos de casa": alvenaria, pintura, canalização, electricidade, e pequenos trabalhos de reparação ou "hobbies" (marcenaria, modelismo, etc.). Se é mesmo principiante e ainda não sabe ao certo para que vai usar as ferramentas (ou mesmo se as vai usar...), parto do princípio que a sua área de actividade vai, para já, ser a das pequenas reparações - não é prudente ir mais longe do que isso.

Seguem as minhas sugestões, resultantes de mais de 50 anos de prática e muitas asneiras:
Para começar, três conselhos fundamentais:
#1 - Aparte as ferramentas básicas que indico, compre ferramentas e utensílios apenas à medida que for precisando. A menos que tenha muito dinheiro para desperdiçar, evite comprar jogos completos de ferrementas. Este conselho vale para tudo - chaves de bocas, chaves de caixa, chaves sextavadas, brocas seja de que tipo for..., nem compre ferramentas porque "algum dia posso precisar". Recebi este conselhohá muitos anos de um bom profissional (não português...) e sempre o achei bom.
#2 - Compre sempre as ferramentas da melhor qualidade que puder. Como em quase tudo, neste campo comprar baratinho não resulta, é frustrante, pode mesmo ser perigoso, e acaba por sair mais caro - mais tarde ou mais cedo vai ter de comprar de melhor qualidade. Ter em conta que algumas marcas (lembro-me específicamente da Stanley, que agora faz quase tudo na China, mas há outras) tanto têm algumas ferramentas ou utensílios de qualidade bastante aceitável como outras de qualidade vergonhosa.
#3 - Ainda antes de começar a usar qualquer ferramenta aprenda a conhecê-la e utilizá-la. Isto é especialmente importante no caso de ferramentas potencialmentre perigosas como ferramentas manuais de corte ou ferramentas motorizadas (a propósito, se for utilizar ferramentas de corte também vai ter de aprender a afiá-las - só isto tem muito que se lhe diga). Fale com profissionais ou amadores com experiência - cuidado com os gabarolas - e peça que lhe mostrem a maneira correcta de utilizar as ferramentas. Pode ver na Internet, mas cuidado - há por lá muito lixo e muitas asneiras, e como ainda não sabe distinguir o provávelmente correcto do incorrecto...

Posto isto, a sua caixa de ferramentas (e, já agora, uma caixa ou armário de ferramentas é para isso mesmo - para as ferramentas; pregos, parafusos e ferragens diversas vão para outros sítios, caixas ou gavetas). Básico, básico, básico (deixo as chaves de parafusos para o fim):
1 fita métrica metálica de 5m, com 15-16mm de largura (mais largas que isto torcem com muita facilidade).
1 martelo de tamanho médio - 400~500 gramas (hesitei entre o martelo e um maço de plástico ou de borracha; se puder ter os dois, melhor; se não, o martelo é de uso mais universal - não pode pregar pregos com um maço)
1 alicate universal de 20 cm, com cabo isolado.
1 chave francesa de 20~25cm (sim, francesa, não inglesa. São coisas diferentes)
1 tesoura robusta de 15~20cm
1 pinça direita boa, de uns 15 cm (para apanhar pequenos parafusos, pregos, etc.)
1 bom busca-pólos, não muito grande para poder ser utilizado nos parafusos das placas de junção pequenas.
1 rolo de fita isoladora
1 craveira (também há quem lhe chame "péclisse" ou "paquímetro"), com capacidade até 12-15 cm, medição exterior e interior. Se possível, aço inox com resolução de 0,1mm pelo menos, se não terá de se contentar temporáriamente com uma de plástico (aqui, estou francamente a ir contra o conselho #2...). Não precisa de ser digital, a menos que a sua vista não lhe permita ler as graduações do nónio. Essencial para medir o diâmetro de parafusos e brocas, e muito útil para medir peças de pequenas dimensões, tubos, etc. Uso-a pelo menos tanto como a fita métrica, talvez mais.
1 - daquilo a que hoje em dia se chama genéricamente um X-Acto (noutra ocasião poderei explicar a origem do nome). Dos grandes, metálico, com lâmina retráctil (Dexter não, por favor, vai totalmente contra o conselho #2...)
Óculos de segurança, especialmente se for utilizar ferramentas motorizadas ou martelar materiais que possam lançar lascas.
1 latinha pequena de óleo fino de máquina - porque, se se portar bem e fizer como todos deveriam fazer, sempre que acabar um trabalho vai limpar as suas ferramentas e passá-las com um trapo com uma gotas de óleo (a minha mulhar diz que eu não sou português...)
- Se for fazer furos nas paredes (quem não faz?...), um berbequim eléctrico com percussão. Para uso indiferenciado, 500W chegam, mas se sabe à partida que vai precisar de furar materiais duros é preferível ir para 650 ou 750W - escusa de ter de compar outro mais tarde. Um que tenha uma gola de diâmetro normalizado europeu - 43mm - para se precisar de o montar num suporte ou numa coluna. Uso Bosch há muitos anos (vou no 3º) porque, dentro do orçamento de que posso dispor, tem uma relação qualidade/preço muito aceitável. Mas há melhor (e também há muito pior).

- Aparafusadoras e chaves de parafusos - um tema que pode ser extenso:

a) Aparafusadora eléctrica? Não é essencial nem indispensável, longe disso. Mas dá jeito se houver muitos parafusos para apertar ou desapertar. Não é adequada, embora possa ser usada, para parafusos com cabeça de fenda. Pessoalmente, uso-a bastante nem parafusos usados com buchas ou para madeira com cabeça Philips, PoziDriv ou Torx. Mas gosto de dar sempre o último aperto à mão para sentir se me parece correcto ou não. Já tenho visto peças, especialmente de plástico, partidas por uso incorrecto de aparafusadora eléctrica - até por "jeitosos" que neste país tantas vezes se intitulam de profissionais.

b) Chaves de parafusos - requisitos básicos:
Cabo grosso, redondo ou sextavado, não canelado. Pessoalmente, não gosto de cabos de secção quadrada, mas pode ser uma questão puramente pessoal. Cabo com revestimento de borracha não é má ideia, desde que seja de boa qualidade. Comprimento 10-15cm dá para a maioria dos trabalhos.
Um sistema de cabo único com bits intermutáveis pode parecer interessante, mas no uso pode ser irritante. è preciso mudarde bit, e estes têm a mania de cair para sítios inacessíveis nas ocasiões mais inconvenientes, por exemplo quando está em cima de um escadote. Além de que na maioria dos casos os cabos são pouco robustos. A meu ver, servem quando muito para uma caixa de "primeiros socorros".

c) Tamanhos de chaves a ter:
1 de cada, Philips #1 e #2
1 de cada, PoziDriv #1 e #2
Quanto às #3 (maiores) e #0 (mais pequenas), aplica-se o conselho #1...
Quanto à medidas das chaves de fendas, dependem das características das cabeças dos parafusos, pelo que prefiro indicar os requisitos fundamentais: faces paralelas, ajustarem-se precisamente à fenda sem ficarem folgadas nem excessivamente apertadas (devem poder chegar ao fundo da fenda) e ter de largura o diâmetro da cabeça do parafuso. As boas chaves têm geralmente inscritas as medidas da largura e espessura da ponta e o comprimento da haste, em milímetros. Por exemplo, a inscrição 6,5x1,2x150 indica uma chave com uma ponta de 6,5mm de largura, 1,2mm de espessura, e uma haste de 150mm.
Dito isto, como um amador geralmente não se pode dar ao luxo de ter tudo, compra meia dúzia de chaves das medidas mais provávelmente necessárias e governa-se com elas. Também faço isso. Quando era mais novo ainda me dava ao trabalho de passar as pontas das chaves à esmeriladora para as pôr à medida dos parafusos, hoje em dia já não tenho paciência - uso-as tal como as compro.
Marcas - há muitas; últimamente tenho usado as FELO ( http://www.felo/de/en/ ) que, sem serem caras, se têm portado bem e são agradáveis de utilizar. Tenho-as visto à venda em muitas lojas. A única coisa irritante que têm é que as medidas estão inscritas (pintadas) no cabo de borracha; ao fim de pouco tempo de uso estão ilegíveis.

Aprenda a conhecer os diferentes tipos de parafusos, as respectivas aplicações e os diferentes tipos de cabeças. As cabeças Philips e PoziDriv podem parecer semelhantes, mas são diferentes e devem ser usadas chaves diferentes. Como cada vez são mais utilizadas em parafusos para madeira convém conhecê-las. Veja, por exemplo, em http://www.elexp.com/tips/AllAboutScrews.pdf[/i]

Sem serem fundamentais, um alicate de pressão de 15-20cm, um nível de bolha de 50cm (mínimo) e um bom esquadro metálico de 30~40 cm podem ser muito úteis (atenção à qualidade - por vezes tenho visto "esquadros" no comércio, até mesmo de marcas conhecidas, que têm uns 90º um bocado...aproximados!)

Se, como é o meu caso, não tiver um local fixo para trabalhar, uma bancada desmontável do tipo das Workmate da Black & Decker dá muito jeito. Mas é preciso estar disposto a aceitar as limitações correspondentes - por exemplo, quando quero utilizar uma plaina manual ou um formão tenho de encostar a bancada a qualquer coisa sólida - geralmente uam parede - para ela não "fugir". E mesmo assim abana que se farta.

Quase de certeza esqueci alguma coisa, mas com alguma sorte não será ão importante como isso. As ferramentas manuais clássicas são uma delícia, as motorizadas só são úteis (o que, no fundo, já não é mau... :)). Se começar a gostar, vai ver que daqui a uns anos vai ter dificuldade em arranjar sítio para arrumar tudo.

E divirta-se.

As minhas desculpas aos membros do fórum por um post tão comprido. Tentei resumir o mais possível mas, francamente, não conseguia explicar tudo o que achei necessário.

G.
Bem vindo novo .
E assim mesmo, má náda!
Se não sabes? -não mexas!
Se não gostas? -não estragues!
Mas isso, NÃO TINHA PIADA NENHUMA!!!